Brasil tem a pior a rodada de concessão para leilão de petróleo da história

Com apenas cinco arremates na 17ª rodada de concessão, leilão de petróleo encalha

  • Data: 07/10/2021 18:10
  • Alterado: 07/10/2021 18:10
  • Autor: Redação
Brasil tem a pior a rodada de concessão para leilão de petróleo da história

Crédito:Reprodução/Agência Brasil

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Em meio aos fortes protestos de ambientalistas, na manhã desta quinta-feira (07), ocorreu o leilão da 17ª rodada concessões de blocos exploratórios na Agência Nacional de Petróleo (ANP), onde o Brasil terminou com a venda de apenas cinco arremates, dentre uma oferta que totalizavam 92 blocos.

Das nove empresas que se inscreveram para participar da disputa para a exploração de petróleo e gás natural, apenas duas fizeram ofertas. O leilão teve a menor arrecadação (em valores corrigidos) desde 1992, com 37 milhões e 140 mil, em bônus de assinatura com investimentos previstos de mais de 136 milhões.

Os blocos que foram ofertados, estão distribuídos em 11 setores das bacias de Pelotas, Santos e Potiguar, uma área com o total de 54 mil quilômetros quadrados, entretanto só foram arrematados cinco blocos, todos na Bacia de Santos. Desde o anúncio, o leilão foi alvo de polêmica, por envolver 14 blocos que estão em áreas de preservação ambiental, alguns próximas de Fernando de Noronha e ao Atol das Rocas, duas das áreas mais preciosas do país.

Durante o andamento do leilão, nenhuma empresa fez proposta para arrematar blocos da Bacia Potiguar, onde ficam áreas consideradas sensíveis e importantes para ecossistema de recifes de Brasil e berçários da vida marinha. Para especialistas, um dos principais motivos para que não tenha havido arremates, se deve ao medo das empresas em investir em locais e posteriormente, precisar lidar com futuros entraves acerca das licenças ambientais com curtos períodos de exploração.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez um alerta de que as regiões em questão, são consideradas pontos de preservação, ou seja, quaisquer que sejam as alterações na fauna marítima e adjacentes, prejudicaria e muito o equilíbrio ambiental desses locais.

Para os manifestantes realização dos protestos e articulações de entidades ambientais, realizados durante leilão, de alguma maneira conseguiu atrapalhar as negociações, ou seja, ao menos por enquanto, pode-se se considerar um ponto a favor dos ambientalistas.

Esta que foi a 17º rodada de licitação da ANP, prevista para acontecer no ano passado, mas foi adiada por conta da pandemia. Na última roda foi realizada há dois anos, quando 36 blocos foram ofertados, e apenas 12 arrematados, mesmo assim foi recorde de arrecadação, com 8,9 bilhões em bônus de assinatura. Após a rodada de hoje, que envolveu a polêmica ambiental, a agência reguladora atribuía a baixa arrecadação a outros fatores.

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Crédito:Reprodução/Agência Brasil
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  • Data: 07/10/2021 06:10
  • Alterado:07/10/2021 18:10
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