Brasil registrou 7,9 milhões de empresas ativas em 2022

Criação de novas entidades cresce 15,3% e impulsiona o mercado de trabalho com 1,7 milhão de novos empregos

  • Data: 05/12/2024 10:12
  • Alterado: 05/12/2024 10:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Brasil registrou 7,9 milhões de empresas ativas em 2022

Crédito:Rovena Rosa/Agência Brasil

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Em 2022, o Cadastro Central de Empresas (Cempre) registrou um total de 7,9 milhões de empresas ativas no Brasil, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre essas, 32,9% ou aproximadamente 2,6 milhões eram empresas empregadoras, que juntas somavam 40,5 milhões de pessoas em seus quadros de pessoal. A maioria dos empregados, cerca de 90,1% ou 36,5 milhões, eram assalariados com uma remuneração média mensal de R$ 3,1 mil.

Esses dados foram revelados na pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo (2022), divulgada recentemente pelo IBGE. A pesquisa exclui de seu conceito de empresas os órgãos públicos, entidades sem fins lucrativos, organizações internacionais e microempreendedores individuais (MEI).

No âmbito da criação de novas empresas empregadoras, os números indicam que 405,6 mil foram estabelecidas em 2022, resultando em uma taxa de nascimento de 15,3%. Estas novas entidades empregaram cerca de 1,7 milhão de trabalhadores, representando 4,6% do total de empregados assalariados no país. O termo “nascimento” refere-se ao início das operações ou à reativação de uma empresa após um período superior a 24 meses inativa.

Thiego Gonçalves Ferreira, gerente da pesquisa, explicou que essa classificação inclui tanto novas empresas quanto aquelas que retornam à atividade após um período prolongado de inatividade. Comparativamente a 2017, a taxa de nascimento aumentou de 10,9% para 15,3% em 2022 e a participação dos assalariados subiu de 3,3% para 4,6%.

A pesquisa também analisou a distribuição por gênero entre os trabalhadores das empresas sobreviventes nascidas em 2017. As mulheres compunham apenas 41,7% desses vínculos. Segundo Eliseu Oliveira, analista do IBGE, a participação feminina declinou entre 2018 e 2020, mas começou a se recuperar a partir de 2021. Em termos educacionais, constatou-se uma redução na participação de assalariados com nível superior desde 2019.

Quanto às taxas de mortalidade das unidades locais empregadoras em nível nacional, o índice foi registrado em 9,2%. Regiões como Centro-Oeste e Norte apresentaram taxas superiores à média nacional. Destaques negativos incluíram o Distrito Federal e o Amapá com as maiores taxas.

Por outro lado, as menores taxas foram observadas na Paraíba e Santa Catarina. A definição utilizada considera uma empresa “morta” após dois anos consecutivos sem atividade.

A sobrevivência empresarial é avaliada pelo IBGE ao acompanhar o funcionamento contínuo por cinco anos após o nascimento. Das empresas que surgiram em 2017, apenas 37,9% continuavam ativas em 2022. A maior taxa de sobrevivência foi registrada na região Sudeste.

No quesito empreendedorismo e crescimento empresarial acelerado – empresas que apresentam crescimento médio anual no número de empregados assalariados superior a 10% por três anos consecutivos -, havia cerca de 70.032 tais empresas em 2022. Elas representavam uma parcela significativa do pessoal assalariado e das remunerações totais no setor.

Entre estas entidades dinâmicas estavam as chamadas “gazelas”, jovens empresas com até cinco anos desde sua fundação. Elas foram responsáveis pela ocupação de aproximadamente 409,5 mil trabalhadores assalariados com salários correspondendo a cerca de dois salários mínimos cada.

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  • Data: 05/12/2024 10:12
  • Alterado:05/12/2024 10:12
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