Brasil em Alerta: Arboviroses Crescem em 2024 com Dengue e Oropouche
Dengue, chikungunya e oropouche preocupam especialistas e exigem ação urgente do governo.
- Data: 28/12/2024 10:12
- Alterado: 28/12/2024 10:12
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Conselho Federal de Farmácia/Divulgação
Em 2024, o Brasil enfrentará um cenário alarmante no que diz respeito às arboviroses. A dengue, com quase 6,7 milhões de casos registrados, e a chikungunya, que já ultrapassou 270 mil casos, geraram tantas preocupações em especialistas quanto no Ministério da Saúde. No entanto, outro agente infeccioso, o oropouche, tem atraído atenção crescente.
Transmitido por um inseto chamado maruim, o oropouche, embora conhecido desde os anos 1960 como um aspecto isolado no Nordeste, agora apresenta uma expansão preocupante, com 10.940 casos confirmados até o momento. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e incluem dores musculares e náuseas. Uma preocupação adicional é a possibilidade de transmissão vertical, que pode causar malformações fetais e até morte. Em novembro, foram confirmados casos de mortes fetais relacionadas à infecção em estados como Ceará e Acre.
O crescimento das arboviroses é influenciado pela crise climática, que afeta o regime de chuvas e as temperaturas, facilitando a proteção do mosquito Aedes aegypti. Tânia Fonseca, da Fiocruz, destaca que até mesmo regiões mais frias do Brasil agora registram a presença do vetor. Projeções indicam que até 2050, 40% dos casos de arboviroses poderão ser atribuídos às mudanças climáticas.
Para enfrentar essa situação crítica, o governo federal planeja investir R$ 1,5 bilhão em ações de combate às arboviroses no próximo ano. Isso inclui campanhas de conscientização e inspeções em residências para eliminar criadosuros. Além disso, o uso de mosquitos geneticamente modificados será expandido para 40 municípios como parte da estratégia de controle.
Com a urgência em lidar com essas doenças emergentes, a necessidade de ação eficaz é urgente para evitar uma nova crise semelhante à vivenciada durante o surto de zika em 2015.