Boxeadora taiwanesa reprovada em teste de gênero confirma medalha em Paris
A taiwanesa venceu nas quartas a búlgara Svetlana Staneva por decisão unânime.
- Data: 04/08/2024 10:08
- Alterado: 04/08/2024 10:08
- Autor: Redação
- Fonte: Uol/FolhaPress
Crédito:Reprodução/Twitter-X
A boxeadora YuTing Lin, do Taiwan, avançou à semifinal no boxe feminino até 57kg e assegurou medalha nas Olimpíadas de Paris.
A taiwanesa venceu nas quartas a búlgara Svetlana Staneva por decisão unânime. Os cinco juízes avaliaram que ela foi melhor no final dos três rounds.
Ela é uma das duas boxeadoras reprovadas em teste de gênero no Mundial de boxe que estão competindo nestes Jogos Olímpicos. Assim como a argelina Imane Khelif, Lin foi desclassificada pela IBA (Associação Internacional de Boxe) por não atender aos critérios de saúde de elegibilidade a IBA não é regulamentada pelo COI.
O COI afirma que todas as atletas que disputam as Olimpíadas de Paris cumprem os regulamentos de elegibilidade. A entidade ressaltou que todas apresentam as condições médicas aplicáveis de acordo com as regras da competição. No site oficial das Olimpíadas, Lin e Khelif constam como atletas mulheres.
Lin volta ao ringue na quarta (7) para enfrentar a turca Wzra Yildiz, às 16h30 (de Brasília). A atleta de 28 anos disputa o ouro se avançar à final, mas fica com o bronze se for derrotada no boxe não há disputa pelo terceiro lugar, e quem perde na semi recebe a premiação.
A polêmica da reprovação em teste
A IBA não explica o método do teste em que Lin e Khelif foram reprovadas. A organização apenas diz que o exame é “confidencial” e que não é um teste de testosterona, mas alega que as duas boxeadoras “têm vantagens comparadas com as outras competidoras”.
O porta-voz do COI explicou por que um teste de testosterona não é adequado. “O teste de testosterona não é um teste perfeito. Muitas mulheres podem ter níveis de testosterona iguais ou semelhantes aos dos homens, embora ainda sejam mulheres”, disse Mark Adams sobre o caso.
O COI diz que a IBA, que organizou o Campeonato Mundial, não é mais um órgão reconhecido como competente pelo comitê desde 2023. Um documento oficial cita que a organização de boxe apresentou falhas recorrentes relacionadas à integridade e transparência da associação, que foi acusada de manipulação de resultados e corrupção.
Não há qualquer confirmação que Lin ou Khelif não sejam uma mulher cisgênero. A imprensa internacional chegou a levantar possibilidade, sem comprovação, de que as boxeadoras fossem pessoas intersexo (que nasce com características sexuais não binárias).