Bolsonaro envolve Abin e GSI em reunião com advogados de Flávio sobre ‘rachadinha’_x000D_

Sem registrar na agenda, presidente discutiu supostas ‘irregularidades’ em relatórios sobre Flávio Bolsonaro, com a presença deAugusto Heleno, do GSI, e Alexandre Ramagem, da Abin

  • Data: 23/10/2020 18:10
  • Alterado: 23/10/2020 18:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro envolve Abin e GSI em reunião com advogados de Flávio sobre ‘rachadinha’_x000D_

Bolsonaro envolveGSI e Abin em caso de investogação contra seu filho

Crédito:Marcos Corrêa/PR

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Bolsonaro participou de uma reunião, em 25 de agosto, com advogados do filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O objetivo foi debater supostas “irregularidades das informações constantes de Relatórios de Investigação Fiscal” produzidos por órgãos federais sobre o senador. Também foram ao encontro o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

A reunião, que não foi registrada nas agendas oficiais do presidente nem de Augusto Heleno, foi revelada nesta sexta-feira, 23, pela revista Época e confirmada pelo Estadão.

Desde julho de 2018, Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação começou a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O trabalho identificou “movimentações financeiras atípicas” de 75 assessores ou ex-assessores de deputados estaduais do Rio.

Fabrício Queiroz, assessor de Flávio quando o filho do presidente era deputado estadual fluminense, foi um dos citados. Ele movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. A quantia era incompatível com a renda dele. O MP suspeita que Queiroz operava, a mando de Flávio, um esquema de “rachadinha”. Ou seja, ele recolheria a maior parte dos salários dos colegas de gabinete, para repassá-lo ao filho  do presidente.

Tanto Queiroz como Flávio negam irregularidades. O hoje senador atribui as acusações a “perseguição política”. O verdadeiro alvo seria o governo do presidente, diz. Já o MP do Rio afirma agir tecnicamente e dentro da lei.

Em nota, a defesa de Flávio Bolsonaro afirmou que “levou ao conhecimento do Gabinete de Segurança Institucional as suspeitas de irregularidades” em relatórios sobre Flávio. O motivo seria que os documentos “diferiam, em muito, das características, do conteúdo e da forma dos mesmos Relatórios elaborados em outros casos”.

Ainda segundo os advogados de Flávio, os relatórios anteriores não apontavam qualquer indício de atividade atípica por parte do senador”. O caso foi levado ao GSI “por ter sido praticado contra membro da família” do presidente, argumentaram os advogados.

CPI

O deputado Alessandro Molon, líder do PSB na Câmara, afirmou nesta sexta-feira que está coletando assinaturas para instalar uma CPI sobre o caso. “É gravíssima a informação de que o presidente usou o cargo e as instituições para tentar livrar o filho de investigação criminal”, escreveu o deputado em seu Twitter.

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Crédito:Marcos Corrêa/PR Bolsonaro envolveGSI e Abin em caso de investogação contra seu filho
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Crédito:Marcos Corrêa/PR O novo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e o ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, durante solenidade de posse

  • Data: 23/10/2020 06:10
  • Alterado:23/10/2020 18:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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