Bolsonaro decide depor no inquérito sobre possível interferência na Polícia Federal (PF)

A decisão veio momentos antes de sessão que decidiria sobre a matéria

  • Data: 06/10/2021 19:10
  • Alterado: 06/10/2021 19:10
  • Fonte: ABCdoABC
Bolsonaro decide depor no inquérito sobre possível interferência na Polícia Federal (PF)

O presidente Jair Bolsonaro, os ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do GSI, general Augusto Heleno, participam do lançamento da campanha publicitária do Projeto Anticrime, do governo federal

Crédito:Reprodução Agência Brasil / Antônio Cruz

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Na manhã desta quarta-feira (06), o presidente Jair Bolsonaro, através de Bruno Bianco Leal, advogado-geral da União, afirmou que irá pessoalmente prestar depoimento no inquérito que investiga a possibilidade de interferência política na Polícia Federal (PF).

Até aquele momento, o presidente havia falando que não iria se manifestar sobre o assunto, entretanto, a reviravolta, veio poucos instantes antes do início da sessão que julgaria de formas ocorreriam seu depoimento à corte do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O requerente [Bolsonaro] manifesta perante essa Suprema Corte o seu interesse em prestar depoimento em relação aos fatos objeto deste Inquérito mediante comparecimento pessoal”, dizia a carta da Advocacia-Geral da União (AGU), endereçada ao Ministro Alexandre de Moraes.

No texto, o presidente acena com uma mudança repentina de posicionamento, que ocorre, segundo alega, “com intuito da plena colaboração com a jurisdição dessa Suprema Corte”. Na linha temporal dos acontecimentos, antes mesmo, da aposentadoria de Celso de Mello na condução do inquérito como relator, o ministro já defendia a ideia de que o presidente da República deveria ser ouvido. Além disso, Mello também já havia se posicionado favoravelmente ao envio de questionamentos do ex-ministro Sérgio Moro, autor das acusações. Portanto, já era esperado que o entendimento do ex-decano, acabaria sendo mantido.

Ao final do ano passado, o então ministro Celso de Mello, ordenou a oitiva do presidente Jair Bolsonaro em setembro, e destacou que o depoimento deveria ser realizado de maneira presencial pela Polícia Federal (PF). Após dois meses da decisão, Bolsonaro afirmou ao STF que “declinava do meio de defesa”, gerando uma indefinição que acabou travando por quase um ano as investigações.

No mês de julho deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, ordenou pelo retorno e prosseguimento do inquérito acerca da acusação de interferência política do presidente da República, junto a incorporação. Sob o argumento de que haviam “diligências pendentes para o prosseguimento das investigações”, Moraes, determina então a retomada das investigações, mesmo que o plenário não tenha decidido a forma como as falas ocorreriam.

Para que fosse concluído o inquérito, a peça que ainda faltava, era justamente o depoimento do presidente Jair Bolsonaro, entretanto, após as negativas e entraves jurídicos, agora finalmente a oitiva irá ocorrer. Tão logo o depoimento for coletado, será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que julgará se existem ou não provas suficientes para abertura de uma possível denúncia contra o presidente.

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Crédito:Reprodução Agência Brasil / Antônio Cruz O presidente Jair Bolsonaro, os ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do GSI, general Augusto Heleno, participam do lançamento da campanha publicitária do Projeto Anticrime, do governo federal
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Crédito:Reprodução Agência Brasil / Antônio Cruz O presidente Jair Bolsonaro, os ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do GSI, general Augusto Heleno, participam do lançamento da campanha publicitária do Projeto Anticrime, do governo federal










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