Bolsonaro anuncia Milton Ribeiro como novo ministro da Educação
Pastor da igreja Presbiteriana em Santos e ligado à Universidade Mackenzie, Ribeiro era o nome do 'paulista' citado por Bolsonaro ao se referir aos candidatos ao cargo no MEC
- Data: 10/07/2020 17:07
- Alterado: 10/07/2020 17:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Milton Ribeiro é o novo ministro da Educação
Crédito:Reprodução Mackenzie
O presidente Jair Bolsonaro escolheu Milton Ribeiro para ser o novo ministro da Educação vago desde a saída de Abraham Weintraub e a revogação da nomeação de Decotelli. O anúncio, antecipado pelo Estadão, foi confirmado nesta sexta-feira, 10, pelo presidente nas redes sociais.
Pastor da igreja Presbiteriana em Santos e vice-reitor da Universidade Mackenzie, Ribeiro era o nome do “paulista” citado por Bolsonaro ao se referir aos candidatos ao cargo no MEC, vago desde a saída de Abraham Weintraub, no dia 18 de junho. Como mostrou o Estadão, apesar de evangélico, ele não era um nome apoiado pela bancada do segmento na Câmara.
O grupo tinha como candidato preferido o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia. Ex presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ele é membro da Igreja Batista.
Bolsonaro chegou a nomear o professor Carlos Alberto Decotelli, ex-presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), para suceder Weintraub. Cinco dia depois, no entanto, ele pediu demissão após informações falsas serem apontadas em seu currículo.
Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação, desde que Bolsonaro assumiu a presidência
Na última quinta-feira, 3, Bolsonaro convidou para o MEC o secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, que havia aceitado. Entretanto, com a divulgação o convite, Feder passou a ser alvo de fritura de grupos ideológicos, evangélicos e até militar. No domingo, 5, o secretário usou as redes sociais para rebater as críticas e disse que declinou a proposta do presidente.
Comissão de Ética
No ano passado, Bolsonaro havia nomeado Ribeiro para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência, grupo responsável por apurar a conduta de integrantes da administração pública federal e de analisar possíveis conflitos de interesse no serviço público. O grupo não tem poder para punir servidores e ministros. No máximo, o colegiado pode recomendar exonerações ou aplicar sanções administrativas, entre as quais a censura ética, espécie de “mancha” no currículo do servidor.