Bolsa cai 1,59% com escalada de guerra entre Hamas e Israel

Dólar registra alta impulsionado por alta dos títulos americanos

  • Data: 18/10/2023 19:10
  • Alterado: 18/10/2023 19:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress
Bolsa cai 1,59% com escalada de guerra entre Hamas e Israel

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A Bolsa brasileira teve forte queda de 1,59% e fechou aos 114.059 pontos nesta quarta-feira (18), acompanhando índices internacionais com a escalada da guerra entre Hamas e Israel. Na terça (17), um ataque a um hospital em Gaza deixou 471 pessoas mortas, segundo o Ministério da Saúde local, no episódio mais mortal na região desde o início do conflito.

“A tensão geopolítica no Oriente Médio está causando incerteza nos mercados globais e local. Nesse cenário, investidores tendem a fugir de ativos considerados mais arriscados, como aqueles de mercados emergentes”, afirma Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital.

A Bolsa foi pressionada, ainda, pelos títulos do Tesouro americano, os chamados “treasuries“, que continuam subindo. Os títulos de dez anos do Tesouro americano foram de 4,83% para 4,90%.

A principal queda do dia foi da Vale, que recuou 3,72% em dia fraco para o minério de ferro no exterior. Além disso, a mineradora divulgou na terça que registrou queda na produção de minério de ferro no terceiro trimestre.

Na ponta positiva, a Petrobras, uma das maiores empresas da Bolsa brasileira, teve alta de 2,17% e atenuou as perdas do Ibovespa, apoiada pela alta do petróleo. O barril do Brent, referência mundial para o produto, terminou o dia com avanço de 1,78%, aos US$ 91,50, na esteira do conflito no Oriente Médio.

A tensão também impulsionou o dólar, que registrou alta mesmo após a divulgação de dados fortes sobre a economia chinesa. Em momentos de aversão ao risco, a moeda americana tende a se valorizar, por ser um ativo mais seguro, e a escalada dos treasuries também deu força à divisa.

Com isso, o dólar subiu 0,39%, cotado a R$ 5,054.

De acordo com economistas do Bradesco, a cautela predomina, uma vez que as incertezas em relação ao conflito entre Israel e Hamas permanecem e o risco de escalada se intensificou, conforme relatório enviado a clientes antes da abertura do mercado.

Para Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama, o maior risco da guerra para o Brasil é que outras nações se envolvam no conflito.

“Essa situação poderia provocar uma disparada nas cotações do petróleo, sobretudo se houver algum tipo de restrição à passagem de petroleiros no estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20% do petróleo consumido. Se algo desse tipo ocorrer, poderemos reviver um novo choque inflacionário no mundo, e as taxas de juros precisariam permanecer nos patamares atuais por ainda mais tempo”, diz o economista.

Sobre juros, a equipe do Bradesco também destacou que dados de vendas de varejo divulgados nos Estados Unidos nesta semana trouxeram novamente a discussão sobre a possibilidade de altas adicionais nos juros na maior economia do mundo, o que contribuiu para a alta dos treasuries.

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  • Data: 18/10/2023 07:10
  • Alterado:18/10/2023 19:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress









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