Aumentam os casos de violência da PRF no RJ
Justiça investiga casos de violência policial
- Data: 26/12/2024 10:12
- Alterado: 26/12/2024 10:12
- Autor: Redação
- Fonte: SBT News
Viaturas PRF
Crédito:Divulgação/Polícia Rodoviária Federal
Em 2024, o número de incidentes envolvendo disparos realizados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) contra civis nas rodovias do Rio de Janeiro chama atenção. Até o momento, ao menos cinco pessoas foram baleadas em ações que levantam preocupações sobre a conduta da corporação.
Um dos episódios mais notórios ocorreu quando Juliana Leite Rangel, de 26 anos, e seu pai, Alexandre Rangel, foram alvos de disparos durante uma abordagem. Este caso não é isolado, uma vez que há registros anteriores de violência envolvendo a PRF na região.
Em setembro do ano passado, um evento trágico envolveu Heloísa dos Santos Silva, uma menina de apenas três anos que foi atingida por um tiro de fuzil na rodovia Washington Luís. Ela estava acompanhada pelo pai no momento do incidente, que ocorreu durante uma ação policial. Um dos agentes assumiu a responsabilidade pelos disparos. Em resposta à gravidade do caso, a Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra três policiais que agora enfrentam acusações de homicídio consumado, tentativa de homicídio e fraude processual.
Além disso, outros incidentes igualmente preocupantes ocorreram em junho do ano passado. Anne Caroline Nascimento Silva, estudante de enfermagem de 23 anos, foi morta em uma abordagem na mesma rodovia, onde seu veículo foi atingido por sete tiros. A PRF informou que os agentes estavam em perseguição a suspeitos durante o ocorrido.
No mesmo dia da morte de Anne, Cláudia Maria da Silva dos Santos, de 54 anos, também se tornou vítima da violência policial. Enquanto trafegava pela rodovia, ela foi atingida por um disparo que atravessou o porta-malas do carro em que estava. De acordo com relatos familiares, os tiros partiram da mesma operação que resultou na morte de Anne. Apesar do susto e das consequências emocionais, Cláudia sobreviveu ao ataque.
A série de ocorrências destaca um padrão alarmante na atuação da PRF e levanta questões sobre a necessidade de revisão dos procedimentos operacionais e das diretrizes que regem as abordagens policiais nas estradas brasileiras.