“Até 1981, ninguém ligava para Libertadores e muito menos para Mundial”, diz Zico
Hoje, 13 de dezembro, a torcida flamenguista comemora 40 anos do título do Mundial de Clubes
- Data: 13/12/2021 15:12
- Alterado: 13/12/2021 15:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A torcida do Flamengo comemora nesta segunda-feira os 40 anos dos títulos da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes. Maior ídolo da história do clube, Zico escreveu uma carta ao The Players Tribune contando os bastidores das conquistas e detalhes da campanha vitoriosa. “Antes de 1980, ninguém ligava para Brasileiro. Antes de 1981, ninguém ligava pra Libertadores e muito menos pra Mundial. Foi o Flamengo ganhar e as coisas mudaram”, diz.
No relato, o Galinho de Quintino relembra as vitórias sobre o Cobreloa na final da Libertadores e sobre o Liverpool na decisão do Mundial, mas também dos 6 a 0 em cima do rival Botafogo. Além disso, ele recorda do falecimento do técnico Claudio Coutinho, responsável pela montagem do elenco vitorioso do início da década de 1980, que abalou os jogadores.
Zico também destaca a importância da conquista do Mundial e rebate quem tenta minimizar o título do torneio, dizendo que os ingleses menosprezaram o torneio disputado no Japão. O ídolo rubro-negro revela detalhes da preparação do time que ajudaram na vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool.
“A gente teve a sorte de ter tido o Coutinho, que tinha um assistente, o Jairo Santos, que, por sua vez, documentou todos os times da Europa. Quando eu digo todos, é todos mesmo! Ele sabia como jogavam alguns clubes europeus que eu nem tinha noção que existiam. Quando o Coutinho saiu, ele deu todo aquele material pro Carpegiani, que tinha virado técnico no começo do ano. A gente já sabia como o Liverpool jogava, a linha de impedimento, a linha de quatro… Nós não deixamos de jogar o nosso jogo, mas nos aproveitamos de algumas situações”, conta Zico, que relembra o desgaste físico do time brasileiro jogando o Mundial em fim de temporada.
“Ninguém comenta que eles tinham vantagem física, porque chegaram no meio da temporada, com melhor condicionamento, e a gente estava no final. O desgaste para nós era grande, mas a qualidade do nosso time era ainda maior. Sem contar que sabíamos exatamente cada movimento que eles iriam executar no campo”.