Ataques em Gaza matam vários palestinos na noite de ano-novo
Bombardeios agravaram o sofrimento de milhões de civis em meio a um conflito que já dura 15 meses
- Data: 01/01/2025 09:01
- Alterado: 01/01/2025 09:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Ministério da Saúde de Gaza
Na manhã desta quarta-feira, 1.º, ataques aéreos israelenses resultaram em várias mortes na Faixa de Gaza, com ênfase nas vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, conforme relataram autoridades locais. A escalada da violência persiste sem sinais de resolução após um prolongado período de conflito que já dura 15 meses.
Um ataque específico ocorrido na cidade de Khan Younis, localizada no sul da região, deixou três pessoas mortas, segundo informações dos hospitais Nasser e Europeu, que acolheram os corpos das vítimas.
Histórico do conflito
A origem deste conflito remonta ao ataque realizado por membros do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de cerca de 250 indivíduos. Até o momento, estima-se que cerca de 100 reféns ainda estejam em cativeiro em Gaza, com relatos indicando que um terço deles pode já ter falecido.
Do lado palestino, o Ministério da Saúde de Gaza reporta que mais de 45 mil pessoas foram mortas como resultado da ofensiva israelense. É importante ressaltar que essa estatística não distingue entre civis e membros do Hamas, mas o ministério afirma que uma parte significativa das vítimas é composta por mulheres e crianças.
Crise humanitária avança
Em contraposição, o Exército de Israel mantém que sua operação militar tem como alvo principal o Hamas e atribui a responsabilidade pelas baixas civis ao próprio grupo terrorista. As forças israelenses alegam ter eliminado cerca de 17 mil combatentes, embora não tenham apresentado evidências para sustentar essa afirmação.
O impacto humanitário da guerra é devastador, resultando na destruição extensiva da infraestrutura local e no deslocamento de aproximadamente 90% da população da Gaza, que conta com cerca de 2,3 milhões de habitantes. Centenas de milhares estão vivendo em condições precárias em tendas ao longo da costa, enquanto as intempéries do inverno trazem tempestades frequentes e temperaturas adversas. Relatos recentes indicam a morte de pelo menos seis bebês devido a hipotermia, segundo o Ministério da Saúde.
Atualmente, mediadores dos Estados Unidos e países árabes estão tentando estabelecer um cessar-fogo que permita a libertação dos reféns mantidos há quase um ano. No entanto, essas tentativas têm se mostrado infrutíferas até agora. O Hamas demanda uma trégua duradoura, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu reafirma seu compromisso em continuar a luta até alcançar uma “vitória total” sobre os terroristas.