Aras diz ser contra pedido para investigar cheques de Queiroz a Michelle

Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, se diz contra a abertura de uma investigação sobre os R$ 89 mil em cheques depositados por Queiroz, na conta da primeira-dama.

  • Data: 10/05/2021 19:05
  • Alterado: 10/05/2021 19:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Aras diz ser contra pedido para investigar cheques de Queiroz a Michelle

Aras diz que não há elementos capazes de justificar a abertura de uma investigação sobre os cheques na conta de Michelle

Crédito:Reprodução/Brasil247

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Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar, pivô da investigação das ‘rachadinhas’ envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e sua mulher, Márcia Aguiar, fizeram depósitos na conta de Michelle Bolsonaro.

O documento foi encaminhado a pedido do ministro Marco Aurélio Mello, relator da notícia-crime formalizada no tribunal cobrando um inquérito para apurar a origem dos depósitos. Na prática, quando o Ministério Público Federal, que é o titular da ação penal, se manifesta pela rejeição da abertura de uma investigação, é de praxe que os ministros promovam o arquivamento do pedido.

No documento, Aras afirma que as movimentações financeiras de Queiroz já foram alvo da investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro que, no entanto, não comunicou indícios de crimes envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou a mulher dele. Os promotores fluminenses já ofereceram à Justiça uma primeira denúncia no caso.

“É notório que as supostas relações espúrias entre o Senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos. Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República”, diz um trecho da manifestação do procurador-geral.

Na avaliação do chefe do Ministério Público Federal, por enquanto não há elementos capazes de justificar a abertura de uma investigação sobre os cheques na conta de Michelle. “Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”, afirma Aras.

O nome da primeira-dama apareceu na investigação das rachadinhas pela primeira vez no final de 2018. Na época, um relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estadão, identificou as movimentações suspeitas na conta do ex-assessor de Flávio Bolsonaro e listou parte dos depósitos para Michelle Bolsonaro, que totalizaram R$ 24 mil. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro justificou as transferências como devolução de um empréstimo a Queiroz. O restante dos cheques foi relevado pela revista Crusoé no ano passado.

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  • Data: 10/05/2021 07:05
  • Alterado:10/05/2021 19:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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