Após suspensão de Del Nero, coronel Nunes vai assumir presidência da CBF
O coronel Nunes, vai assumir a presidência da CBF no lugar de Del Nero, que foi suspenso hoje (15) de forma provisória pelo Comitê de Ética da Fifa por suspeita de corrupção.
- Data: 15/12/2017 12:12
- Alterado: 15/08/2023 23:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
A suspensão terá uma duração de 90 dias e obriga Del Nero a deixar a presidência.
Presidente da Federação Paraense de Futebol por seis mandatos e coronel da reserva da Polícia Militar do Pará, o coronel Antonio Carlos Nunes de Lima é investigado pelo Ministério Público do Pará pela sua atuação como mandatário da entidade que dirigiu. Em 2011, 2012 e 2013, a entidade recebeu quase R$ 3,5 milhões de verba pública. Os promotores querem saber como o dirigente gastou esse dinheiro.
O Governo do Estado, como patrocinador do Campeonato Paraense, pediu a prestação de contas da federação por meio do Ministério Público, para confirmar se todo o dinheiro era realmente investido no futebol. À época, o coronel Nunes havia feito uma prestação de contas incompleta. O Governo do Pará e a Federação Paraense assinaram um convênio que garante o repasse de mais de R$ 8 milhões à entidade.
Nunes assume a presidência por ser o mais velho entre os quatro vice-presidentes da CBF, seguindo a regra do estatuto da CBF – ele tem 79 anos. Os outros são Fernando Sarney, Gustavo Feijó e Marcus Antônio Vicente.
Nunes foi eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste no início do ano passado em uma manobra de Marco Polo Del Nero. A escolha serviu para tirar da linha sucessória o então opositor Delfim de Pádua Peixoto Filho, que acabou falecendo na tragédia aérea que vitimou 71 pessoas na viagem da Chapecoense para a Colômbia no final do ano passado. Na época, Delfim, então presidente da Federação Catarinense de Futebol, teria o direito de assumir a presidência, pois o estatuto estabelece que, em caso de vacância, quem assume é o vice mais velho.
Nunes já foi presidente interino da CBF em 2016, quando Del Nero pediu licença do cargo para se defender de acusações de corrupção.