Amistoso do Brasil é começo de nova era, mas direção ainda não é certa
Uma reclamação recorrente na preparação para a Copa do Mundo de 2022 foi a falta de jogos contra seleções europeias e de elite, tirando os compromissos continentais. Pois bem, no primeiro jogo pós-Copa, o Brasil enfrentou a quarta melhor seleção do mundo, o Marrocos. E perdeu por 2 a 1 em Tânger. O jogo era […]
- Data: 27/03/2023 16:03
- Alterado: 27/03/2023 16:03
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:Wikimedia Commons
Uma reclamação recorrente na preparação para a Copa do Mundo de 2022 foi a falta de jogos contra seleções europeias e de elite, tirando os compromissos continentais. Pois bem, no primeiro jogo pós-Copa, o Brasil enfrentou a quarta melhor seleção do mundo, o Marrocos. E perdeu por 2 a 1 em Tânger.
O jogo era encarado como um bom teste para novos nomes, mas a impressão de tudo estar muito cru não saiu. O treinador, Ramon Menezes, é interino, com a CBF ainda negociando e se movimentando para ter Carlo Ancelotti ou outro nome europeu (fala-se em Jorge Jesus também).
Vários jogadores que ali estavam faziam sua estreia pela seleção e de uma forma geral não houve grandes destaques. A derrota foi merecida.
A partida foi a primeira na preparação para a Copa de 2026, mais uma vez com o sonho do Hexa em mente. Quem usar o código promocional Betano pode acompanhar as odds neste período incerto, pelo menos até que o novo treinador consiga implantar sua ideia. As eliminatórias e a próxima data FIFA, em junho, podem ser boas oportunidades de palpite.
Muitos nomes novos
Casemiro, Vinicius Junior, Rodrygo, Eder Militão e Antony estavam no Catar alguns meses atrás, quando o Brasil perdeu para a Croácia de forma melancólica nos pênaltis. Mais nomes devem voltar à seleção daquela campanha, com Neymar obviamente sendo o que mais chama a atenção. O astro do PSG está se recuperando de lesão no momento, mas segue sendo o líder entre os jogadores brasileiros, tanto que Rodrygo vestiu a 10 mas declarou publicamente que esse número está reservado para Neymar.
Porém, é preciso pensar que Vinicius está mais pronto para assumir o papel de protagonista, já que decidiu uma Champions League para o Real – junto com Rodrygo – e consegue ter uma sequência maior de jogos que Neymar, que sofre com lesões há anos, desfalcando seu time e dificultando seu ritmo de jogo.
No sábado contra o Marrocos o jogo passou mais por seus pés que nos jogos da Copa, mas com completa falta de entrosamento com seus colegas, as jogadas não fluíram tão facilmente. O objetivo principal dos próximos meses é criar um meio-campo que consiga ser sólido e municiar o ataque de forma inteligente, algo que até na Copa com Tite não foi atingido. Só lembrar como Modric e Kovacic desfilaram em campo nas quartas de final.
Quem vai ficar?
Na história da seleção, a ressaca pós Copa do Mundo sempre é uma realidade e convocações esquisitas não faltam. Na preparação para a Copa de 2014 e de 2018 o treinador que começou esse período não terminou.
Ramon não será um Lionel Scaloni porque diferentemente da AFA e a Seleção Argentina após 2018, há dinheiro e treinadores que querem treinar a seleção.
A razão para a seleção ainda ser um posto atrativo é a qualidade do talento que existe, além das inúmeras opções para várias posições. Até 2026, jogadores como Andrey Santos e Vitor Roque, convocados pelo técnico Ramon Menezes para este amistoso, podem se tornar craques mundiais até lá.
Por isso não há como cravar quem irá ficar e fazer parte da nova era, inclusive remanescentes de 2022 ou de convocações anteriores. Mas para começar a ter entrosamento e montar uma base, algo que a Argentina fez logo de cara após o fracasso em 2018, é preciso jogar junto e criar uma identidade. O novo treinador terá que ser o responsável por isso.