Alexandre mantém quebra de sigilo de investigados por atos antidemocráticos

Alexandre de Moraes rejeitou recursos de parlamentares bolsonaristas e apoiadores do governo, investigados por atos antidemocráticos e manteve a quebra dos sigilos bancários e fiscais

  • Data: 07/08/2020 18:08
  • Alterado: 07/08/2020 18:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Alexandre mantém quebra de sigilo de investigados por atos antidemocráticos

Alexandre recusou recurso de investigados por atos antidemocráticos e manteve quebra de sigilo

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A decisão do ministro do STF foi proferida na última segunda-feira,  3.

Segundo Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ‘indícios suficientes’ da atuação de ‘forma sistêmica’ de vários núcleos de uma associação criminosa, medida que justificaria a quebra de sigilo. Quando autorizou a diligência, o ministro pontuou a ‘real possibilidade’ de que o grupo utilizaria os atos antidemocráticos para obter lucros políticos e financeiros.

A associação criminosa seria dividida em núcleos como ‘organizadores e movimentos’, ‘influenciadores digitais e hashtags’, ‘monetização’ e ‘conexão com parlamentares‘.

“Em face desses indícios apresentados, torna-se imprescindível o deferimento das diligências, inclusive com afastamento excepcional de garantias individuais que não podem ser utilizadas como um verdadeiro escudo protetivo de práticas de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal dos atos criminosos”, afirmou.

Moraes autorizou em junho a quebra do sigilo bancário dos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), Junio do Amaral (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Caroline de Toni (PSL-SC), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Beatriz Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), José Guilherme Negrão Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR).

O senador Arolde de Oliveira (PSC-RJ) também foi alvo da diligência, assim como o empresário Otavio Fakhoury, o blogueiro Allan dos Santos, a extremista Sara Giromoni e outros youtubers bolsonaristas.

Segundo as investigações, os parlamentares ajudariam na expressão e formulação de mensagens, além de contribuir com sua propagação, visibilidade e financiamento.

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