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Agências da ONU dizem que a PEC do aborto é um retrocesso

Agências da ONU classificaram como retrocesso a eventual aprovação da PEC que pode levar à proibição todas as formas de aborto , incluindo as hipóteses hoje consideradas livres de punição

  • Data: 21/11/2017 15:11
  • Alterado: 16/08/2023 01:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Agências da ONU dizem que a PEC do aborto é um retrocesso

A PEC 181 quer proibir inclusive aborto em caso de estupro

Crédito:Reprodução

No comunicado, a ONU alerta que a mudança põe em risco a saúde física e mental de mulheres e meninas, o que, acrescenta, pode constituir “tortura, e/ou tratamento cruel, desumano ou degradante.”

Embora o tema tenha mobilizado organismos internacionais, o governo preferiu manter silêncio sobre a discussão. Procurado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que não se manifestaria sobre o tema. “Não é uma coisa que está consolidada. É uma discussão do Congresso (…) Se eles tomarem uma decisão eu opinarei sobre a decisão tomada.”

O texto da PEC 181 tinha inicialmente o objetivo de ampliar de 120 para 240 dias a licença- maternidade de mães de bebês prematuros. No entanto, em uma reação à discussão no Supremo Tribunal Federal sobre aborto, o texto foi modificado. Sob a influência da bancada evangélica, a proposta passou a prever uma mudança na Constituição para que a vida seja considerada inviolável desde a concepção e não, como é hoje, após o nascimento.

O texto principal foi votado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. Hoje, destaques serão apreciados, mas é certo que não serão feitas mudanças significativas. Terminada essa etapa, o texto segue para o Plenário. Para ser aprovado, serão necessários 308 votos, em dois turnos.

Nos últimos dias, houve vários protestos contra a proposta debatida no Congresso. No comunicado conjunto, a ONU observa que o tema deve ser discutido de modo aberto, em diálogo que incorpore “os pontos de vista dos diversos setores da sociedade e, em particular, da sociedade civil organizada e dos grupos de mulheres, sujeitos prioritários da legislação”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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  • Data: 21/11/2017 03:11
  • Alterado: 16/08/2023 01:08
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