Afinal, o VAR ajuda ou atrapalha o futebol?
Com muitas polêmicas nas últimas rodadas, o assistente de vídeo tem se mostrado problemático no Brasil
- Data: 05/09/2020 18:09
- Alterado: 05/09/2020 18:09
- Autor: Gabriel Plasa
- Fonte: ABCdoABC
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O VAR, inaugurado oficialmente no futebol em 2016, vêm mostrando problemas contínuos nestas primeiras rodadas do campeonato brasileiro. O protocolo do assistente de vídeo é simples, lances que não são interpretativos precisam da ajuda do pessoal da cabine, lances de interpretação, não. Ponto final. Mas porque o que era para ajudar acaba atrapalhando?
Muitos árbitros que ocupam a posição no vídeo aparentam não confiar em seus companheiros de profissão e tentam intrometer-se onde não devem. Um grande exemplo disso aconteceu no campeonato paulista. Em dividida forte com Carlos Augusto, lateral do Corinthians, Juninho, jogador do Mirassol fez a falta e, mesmo o árbitro estando em cima do lance, o VAR chamou para revisar e acabou expulsando o jogador. Pouco tempo depois, na final do mesmo campeonato, Jô, atacante do Corinthians fez falta muito parecida com a de Juninho e recebeu apenas o amarelo. Por que a interferência em um lance e no outro não? Raphael Claus, curiosamente, foi o árbitro de vídeo da primeira partida, e de campo na segunda.
O que os assistentes não estão entendendo é que eles são “apenas” assistentes, que precisam auxiliar caso o árbitro necessite. Funcionamento básico, o árbitro tem uma dúvida em campo, pede para o VAR analisar a jogada, conta o que viu e o que interpretou. Mesmo que o arbitro de vídeo não concorde, a palavra final é de quem está em campo.
Se só esse fosse o problema estaria ótimo. Na última semana um lance chamou a atenção de todos. Após cruzamento de Tchê Tchê, do São Paulo, Luciano fez o gol, porém, o bandeirinha sinalizou que tinha dúvida em relação a posição do jogador são paulino. Até aí, tudo normal. O que deixou muitas pessoas na dúvida foi que, a imagem passada pela televisão mostrava o jogador do São Paulo em posição regular, porém, o VAR, com toda a sua tecnologia afirmou o contrário. O que nos deixa com uma pulga atrás da orelha. Será que o nosso querido assistente de vídeo é realmente 100% seguro?
Em Santos e Flamengo tivemos mais polêmica em relação ao VAR. No confronto entre Inter e Botafogo, outro dia de discussão.
O “video assistant referee”, árbitro assistente de vídeo, já tem 4 anos de trabalho e parece funcionar apenas fora do país. A CBF, junto com a sua comissão de arbitragem, precisa estipular as regras necessárias para seguirmos padrões e não apenas achismos.