Advogada e chefe de gabinete são cotados para área jurídica
Bolsonaro avalia indicar o seu atual chefe de gabinete, Pedro César Nunes de Sousa, ou sua advogada, Karina Kufa, para a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ)
- Data: 27/04/2020 10:04
- Alterado: 27/04/2020 10:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro deve escolher nome para a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ).
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
O órgão responsável pelos atos jurídicos do presidente é acumulado hoje pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, ex assessor de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que deve ser confirmado como novo ministro da Justiça, no lugar de Sérgio Moro.
Com a indicação de Oliveira para a pasta da Justiça e Segurança Pública, o secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), almirante Flávio Rocha, deve assumir como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, mas não acumulará a Subchefia de Assuntos Jurídicos. As mudanças ainda aguardam confirmação e publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Bolsonaro procura um nome de sua confiança para a SAJ, uma vez que o órgão é um dos mais importantes no governo. Pelas mãos da SAJ passam todos os atos jurídicos do governo para certificar sua conformidade legal.
Alguns subchefes de Assuntos Jurídicos de governos passados são hoje ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – caso do ministro Gilmar Mendes e do atual presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
Advogado e major reformado, Pedro Nunes de Sousa é considerado do núcleo duro do presidente, que o acompanha desde a Câmara de Deputados. Com a eleição de Bolsonaro, ganhou o cargo de chefe de gabinete. Discreto, ele é próximo de Jorge Oliveira e, entre suas atribuições, está a de organizar a agenda do presidente.
Karina Kufa, por sua vez, passou a ter mais contato com Bolsonaro durante a campanha presidencial e se tornou próxima do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho “03” do presidente. A advogada assumiu a defesa de Bolsonaro em diversos processos na Justiça após o rompimento do presidente com o ex-ministro e advogado Gustavo Bebianno, que o representava perante a Justiça. Karina também está à frente da criação do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente pretende criar.