Acontece a I Conferência Municipal de Educação em Santo André

Cerca de 500 pessoas, entre professores, conselheiros de escola, pais de alunos e dirigentes de ensino, participaram da abertura da I Conferência Municipal de Educação, realizada na UniA (Centro Universitário Anhanguera) de Santo André, na noite desta segunda-feira (24). O evento prossegue nesta terça-feira (25), até as 17h, e nesta quarta-feira (26), das 9h às 14h, com discussões sobre os sete eixos temáticos que definirão os rumos da Educação municipal. As diretrizes serão levadas para a II Conae (Conferência Nacional de Educação), marcada para fevereiro, em Brasília.

O primeiro eixo trata de dois pontos principais: o Plano Nacional de Educação – cujo documento foi formatado no I Conae, em 2010, mas ainda não foi completamente implementado – e a necessidade de aplicação efetiva de um Sistema Nacional de Educação, que mostrou, já na abertura, ser o assunto de maior destaque e deve permear as discussões de toda a Conferência. “Atualmente, as três esferas do governo – municipal, estadual e federal – não estão integradas entre si. O município está assumindo responsabilidades cada vez maiores, como a universalização do atendimento para as crianças da educação infantil e creches, e a Educação de Jovens e Adultos, sem que venham verbas para isso. Por outro lado, o Estado vai fechando salas e se acomodando”, frisou o secretário de Educação, Gilmar Silvério.

Para o educador, a distribuição mais justa das responsabilidades, além da criação de um diálogo entre as partes, resultará em melhorias na qualidade da Educação, não só no município, mas em todo País. “É preciso definir o que é qualidade. Na minha avaliação, significa diminuir as desigualdades, criar cidadãos com consciência crítica, com acesso a conhecimento e à cultura”, acrescentou. A “qualidade de Educação” a qual o secretário menciona também é um dos eixos da Conferência, assim como “Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos”, “Educação e Desenvolvimento Sustentável”; “Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social”; “Valorização dos Profissionais da Educação” e “Financiamento: gestão, transparência e controle social de recursos”.

A importância da participação da população na discussão sobre o futuro da educação da cidade foi destacada pelo prefeito Carlos Grana. “Vamos reconstruir esta cidade a quatro mãos”, brincou. A oferta de serviços de qualidade na Educação é uma preocupação do chefe do Executivo, que caminha lado a lado com os planos de ampliação do atendimento. “Para executar ações é preciso lembrar que temos de ter financiamento”, reforçou o prefeito. “E nossa meta, agora, é que nenhuma criança de educação infantil e fundamental fique fora de escola. Vamos construir 16 novas creches nos próximos anos e trabalhar para que todas as crianças dominem leitura, compreensão de texto e operações matemáticas com o (Pnaic) Programa Nacional de Educação na Idade Certa”, acrescentou.