ACNUR: Número de pessoas forçadas a se deslocar ultrapassa 100 milhões pela primeira vez

Esta cifra deve “servir de alerta” para mais ações de promoção da paz e de enfrentamento a todas as causas do deslocamento forçado

  • Data: 24/05/2022 14:05
  • Alterado: 24/05/2022 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: ACNUR
ACNUR: Número de pessoas forçadas a se deslocar ultrapassa 100 milhões pela primeira vez

Crédito:Reprodução/Twitter

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Genebra, 23 de maio de 2022 – O número de pessoas forçadas a fugir de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguições ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 100 milhões, impulsionado pela guerra na Ucrânia e outros conflitos violentos.

“Cem milhões é uma cifra bastante forte – séria e alarmante em igual medida. É um recorde que nunca deveria ter sido estabelecido”, disse Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados. “Isto deve servir de alerta para resolver e prevenir conflitos destrutivos, acabar com a perseguição e enfrentar as causas que forçam pessoas inocentes a fugirem de suas casas”.

De acordo com novos dados do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), o número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo aumentou para 90 milhões no final de 2021, impulsionado por novas ondas de violência ou conflitos prolongados em países como Etiópia, Burkina Faso, Mianmar, Nigéria, Afeganistão e República Democrática do Congo. Além disso, a guerra na Ucrânia deslocou 8 milhões dentro do país neste ano, e mais de 6 milhões de movimentos de refugiados para fora da Ucrânia foram registrados.

Maior que 1% da população mundial, o número total é equivalente ao 14º país mais populoso do mundo. Este número inclui refugiados e solicitantes da condição de refugiado, bem como as 53,2 milhões de pessoas deslocadas internamente por conflitos, de acordo com um relatório recente do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC, na sigla em inglês).

“A resposta internacional às pessoas que fogem da guerra na Ucrânia tem sido extraordinariamente positiva”, Grandi acrescentou. “A compaixão está viva e precisamos de uma mobilização semelhante para todas as crises ao redor do mundo. Mas, em última análise, a ajuda humanitária é um paliativo, não uma cura. Para reverter esta tendência, a única resposta é a paz e a estabilidade para que as pessoas inocentes não sejam forçadas a decidir entre o perigo grave em casa ou a saída precária e o exílio”.

O ACNUR divulgará seu relatório anual Tendências Globais em 16 de junho, delineando um conjunto completo de dados globais, regionais e nacionais sobre deslocamento forçado para 2021, bem como atualizações mais limitadas até abril de 2022, e detalhes sobre retornos e soluções.

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  • Data: 24/05/2022 02:05
  • Alterado:24/05/2022 14:05
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