‘A prioridade absoluta é a garantia do Auxílio Brasil’, afirma Guedes
A ideia, de acordo com o ministro, é aprovar a tributação de lucros e dividendos para financiar o programa
- Data: 27/10/2022 15:10
- Alterado: 27/10/2022 15:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A prioridade do governo federal em caso de uma reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no domingo será garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, disse nesta quinta-feira, 27, o ministro da Economia, Paulo Guedes. “A prioridade absoluta é a garantia do Auxílio Brasil”, afirmou Guedes, durante live da Suno Research. “Queremos garantir esse programa, que é o maior programa de transferência de renda que já foi feito e é três vezes maior do que o dos governos petistas.”
A ideia, de acordo com o ministro, é aprovar a tributação de lucros e dividendos para financiar o programa.
Guedes voltou a dizer que uma “tributação moderada”, em torno de 15%, renderia algo como R$ 60 bilhões e seria suficiente para pagar pelo benefício.
Segundo Guedes, o governo vai avançar na reforma tributária, como forma de garantir a taxação de lucros e dividendos.
O ministro ainda afirmou que o governo concederá aumentos do salário mínimo acima da inflação em caso de reeleição do presidente.
Teto de gastos
Guedes repetiu críticas ao teto de gastos e voltou a dizer que a regra fiscal foi “muito mal construída”. Durante a sua fala, disse que o teto limitou a ação do governo durante a pandemia e que foi necessário pedir licença extra para o Congresso Nacional para ampliar os gastos em 2020.
“O teto foi muito mal construído. O teto era para não deixar a chuva entrar, mas foi o contrário. Tinha um fogo, um incêndio dentro da casa e não tinha chaminé para deixar a fumaça sair”, disse o ministro.
Projeções
Guedes voltou a dizer que os economistas erraram as projeções para a economia brasileira ao longo dos últimos quatro anos. De acordo com o ministro, uma mudança técnica no modelo econômico do País explica alguns erros, enquanto outros são fruto de “militância” ou “má-fé”.
Segundo o ministro, os economistas esperavam um crescimento zero para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, ou uma “recessão moderada” de 1,5%, mas a economia deve ter expansão próxima de 3% este ano. Guedes repetiu que o desempenho do Brasil tem superado o de países desenvolvidos.