Trump revoga sigilo sobre assassinatos de Kennedy e Martin Luther King

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a revogação do sigilo sobre os casos de assassinato de figuras emblemáticas da história americana, incluindo o ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr., o ex-presidente John F. Kennedy e seu irmão, Bobby Kennedy.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no Salão Oval, Trump afirmou que “tudo será revelado” ao assinar uma ordem executiva que permitirá ao público acessar todas as informações acumuladas pelo governo sobre esses assassinatos. “Essa é uma grande notícia, não é? Muitas pessoas estão aguardando isso há muito tempo – por anos, por décadas”, declarou o presidente antes de formalizar a decisão.

Trump enfatizou a importância da transparência, afirmando: “As famílias das vítimas e o povo americano merecem saber a verdade. É do interesse nacional divulgar todos os registros relacionados a esses assassinatos sem mais delongas.” A ordem executiva estabelece um prazo de 15 dias para que um plano de publicação dos documentos seja apresentado. Em um prazo de 45 dias, tanto o Diretor de Inteligência Nacional quanto o Procurador-Geral deverão submeter um cronograma detalhado para essa liberação.

A revisão dos documentos já estava em andamento desde o primeiro mandato de Trump. O presidente havia solicitado essa análise em 2017 e 2018 e continuou a pressionar por novas revisões durante a administração do presidente Joe Biden, que teria consentido com essas avaliações nos anos de 2021, 2022 e 2023.

A primeira leva de documentos relacionados ao assassinato de John F. Kennedy foi disponibilizada ao público em 2022. Naquela ocasião, a Administração Nacional de Arquivos e Registros informou que cerca de 97% do total de 5 milhões de páginas foram divulgadas. Contudo, ainda permanecem sob sigilo cerca de 3 mil documentos que nunca foram liberados e outros 30 mil que foram tornados públicos com partes censuradas.