Aumenta o risco de viroses gastrointestinais no verão
Saiba como se proteger e identificar os sintomas da gastroenterocolite
- Data: 07/01/2025 07:01
- Alterado: 07/01/2025 07:01
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Crédito:Governo de São Paulo/Divulgação
Durante o período de verão, a incidência de viroses gastrointestinais aumenta consideravelmente, resultando em quadros de diarreia aguda que frequentemente afetam a população. Essa situação é geralmente provocada por diversos vírus, incluindo rotavírus, norovírus, astrovírus e adenovírus. Além dos vírus, fatores como parasitas e intoxicações alimentares contribuem para a ocorrência da gastroenterocolite aguda (GECA).
As altas temperaturas e o grande fluxo de pessoas nas praias são elementos que favorecem a proliferação de agentes patológicos que podem ser transmitidos por água contaminada e alimentos impróprios para consumo. A gastroenterocolite caracteriza-se por uma inflamação que atinge o estômago e os intestinos, manifestando-se por diarreia frequente, vômito e outros sintomas associados.
A importância da prevenção e tratamento adequado é fundamental para evitar complicações. Os vírus são responsáveis pela maioria das infecções em humanos, podendo afetar não apenas o trato gastrointestinal, mas também as vias respiratórias. Embora existam antivirais específicos para algumas infecções virais, como influenza e herpes, a maioria das viroses gastrointestinais não conta com tratamento antiviral específico.
Os principais sintomas da gastroenterocolite incluem:
- Diarreia
- Enjoo
- Vômito
- Náuseas
- Mal-estar
- Febre (em alguns casos)
- Desidratação (especialmente em casos severos)
A desidratação pode se manifestar através de sinais como boca e olhos secos, diminuição da produção de urina, fraqueza e desânimo. Bebês também apresentam um sintoma característico: a moleira funda. Crianças pequenas e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis à desidratação.
A transmissão das viroses ocorre principalmente por meio de:
- Água contaminada, especialmente após chuvas intensas
- Mãos sujas
- Saliva de pessoas infectadas
A infectologista Raquel Stucchi explica que cerca de 60% das diarreias são causadas pelo rotavírus, mas outros vírus também desempenham papéis importantes na transmissão através de alimentos e água.
É relevante ressaltar que os sintomas de intoxicação alimentar podem se sobrepor aos das viroses intestinais, sendo mais frequentes no verão devido à dificuldade em manter condições adequadas de armazenamento para alimentos perecíveis.
O tratamento para viroses gastrointestinais é centrado na reidratação, inicialmente com líquidos orais como água ou soluções eletrolíticas. Em casos mais graves, pode ser necessária a hidratação intravenosa em ambiente hospitalar. A alimentação deve ser leve e de fácil digestão, evitando produtos lácteos temporariamente para não agravar os sintomas.
A manutenção da higiene é essencial na prevenção dessas doenças. As recomendações incluem:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão
- Limpar adequadamente frutas e vegetais antes do consumo
- Consumir água filtrada ou fervida
- Cuidar com prazos de validade e temperatura dos alimentos
- Fechar a tampa do vaso sanitário ao dar descarga para evitar contaminações no ar
- Usar máscaras ao trocar fraldas de bebês com diarreia
- Evitar aglomerações em áreas litorâneas durante alta temporada
A hidratação deve ser mantida refrigerada para prevenir náuseas. É aconselhável levar medicamentos para controle de febre e vômito em viagens para áreas turísticas. Em caso de piora ou persistência dos sintomas por mais de três dias, é fundamental buscar atendimento médico.
No contexto do verão, é importante também estar ciente dos riscos associados a outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e zika vírus. Assim, o cuidado com a saúde deve ser uma prioridade nesta época do ano.