Faculdade de Direito da USP afasta professor suspeito de assediar alunos

Dez alunos ou ex-alunos fizeram acusações de assédio e abuso sexual por parte de Alysson Leandro

  • Data: 13/12/2024 21:12
  • Alterado: 13/12/2024 21:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: BRUNO LUCCA - FOLHAPRESS
Faculdade de Direito da USP afasta professor suspeito de assediar alunos

Crédito:USP/Governo de SP

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O diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, determinou o afastamento cautelar do professor Alysson Leandro Barbate Mascaro nesta sexta-feira (13). O docente é suspeito de ter assediado e abusado sexualmente de alunos.

A ordem é para que ele fique afastado do cargo enquanto durar a apuração interna do caso, que deve ter resultado preliminar nos próximos 30 dias.

Mascaro é advogado e professor associado da Faculdade de Direito desde 2006. Dez alunos ou ex-alunos o acusaram de assédio e abuso sexual. Os relatos foram publicados pelo site Intercept Brasil em 3 de dezembro.

À Folha a defesa de Mascaro disse que as acusações “não possuem materialidade”. Em nota, afirmou ainda que “todos os supostos relatos (anônimos) contra o professor surgem em um contexto no qual diversos perfis fakes de Instagram são criados para propagar calúnias, inverdades e estimular intrigas entre Mascaro e pessoas do ambiente acadêmico”.

Um dia após a publicação da reportagem com as denúncias, a Faculdade de Direito decidiu instaurar procedimento apuratório preliminar. Um professor da unidade foi designado para presidir os trabalhos da sindicância, que tem prazo de 30 dias para ser concluída. O professor que preside a sindicância solicitou que Mascaro fosse afastado do cargo durante o período de investigação.

Os supostos casos de abuso e assédio sexual teriam ocorrido entre 2006 e o início de 2024. De acordo com os relatos, as abordagens de Mascaro tinham um padrão no qual ele se aproveitava da posição de autoridade como docente, além de argumentar ter influência e amizade com pessoas em altos cargos do Judiciário.
Segundo o Intercept, uma das vítimas relatou ainda que o professor contava com o apoio de integrantes do Grupo de Pesquisa Crítica do Direito e Subjetividade Jurídica para apagar comentários postados no perfil do docente que falassem dos supostos abusos.

Antes mesmo da reportagem, em 30 de novembro, o docente publicou uma nota pública nas redes sociais em que dizia estar sendo “vítima de crime cibernético, sofrendo um processo de perseguição por pessoas que, se escudando no aparente anonimato no ambiente virtual desde meados de 2023, vêm buscando atacá-lo em sua honra”.

“Tal grupo de pessoas vem perpetrando acusações inverídicas para ferir sua imagem pública, buscando descredibilizar suas posições em detrimento do debate aberto acerca de sua luta concreta e de suas ideias amplamente difundidas por meio de sua vasta obra teórica e luta política”, diz a nota pública.

Na nota enviada à Folha de S.Paulo, a defesa do professor disse ainda que foi registrado um boletim de ocorrência e uma representação criminal para apuração do crime de perseguição em 20 de novembro.
“Em 25 de novembro, o Poder Judiciário deferiu um pedido liminar para que os dados cadastrais das contas falsas sejam revelados. Desse modo, a defesa aguarda o desfecho da investigação para que os fatos sejam devidamente esclarecidos”, diz a nota.

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  • Data: 13/12/2024 09:12
  • Alterado:13/12/2024 21:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: BRUNO LUCCA - FOLHAPRESS









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