Coreia do Sul sob lei marcial: presidente Yoon alega ameaça comunista em meio a tensões políticas
Presidente alega proteção contra "Forças Comunistas" em meio a tensão política
- Data: 03/12/2024 14:12
- Alterado: 03/12/2024 14:12
- Autor: Redação
- Fonte: UOL notícias
Crédito:Reprodução
A imposição da lei marcial, geralmente implementada como uma solução temporária em períodos de guerra, também pode ser ativada em resposta a desastres naturais ou situações de grande desordem. Essa medida transfere o controle das instituições civis para as mãos das Forças Armadas, retirando temporariamente o poder de governantes civis e diplomatas, centralizando-o em militares de alta patente.
Historicamente, a Coreia do Sul recorreu à lei marcial diversas vezes na década de 1960, principalmente após golpes militares e em meio a protestos generalizados. Desde a transição democrática do país no final dos anos 1980, esta é a primeira instância em que a lei marcial foi novamente decretada.
O recente anúncio presidencial justificou a implementação da medida como uma estratégia para proteger o país contra “forças comunistas”. De acordo com o presidente Yoon Suk-yeol, simpatizantes da Coreia do Norte e outros “elementos antiestatais” estão ameaçando os valores liberais da Coreia do Sul.
Yoon Suk-yeol enfrenta um cenário político conturbado, caracterizado por um impasse constante com a oposição, que detém maioria no Parlamento. Ele destacou uma moção recente proposta pelo Partido Democrático, que lidera o Legislativo, visando destituir alguns dos principais promotores do país e sua resistência à proposta orçamentária do governo.