Exército investiga uso de viaturas em trama golpista e checa movimentação de armas
Foco está em ações de comandos em Goiânia após eleições de 2022.
- Data: 30/11/2024 00:11
- Alterado: 30/11/2024 00:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
O Exército Brasileiro está conduzindo uma investigação interna em resposta a suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre o uso de viaturas militares em uma trama golpista no final de 2022. As investigações se concentram nos batalhões de Goiânia, especialmente o 1º Batalhão de Ações de Comandos, após a vitória de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.
A investigação é liderada pelo Comando de Operações Especiais, sob a chefia do general Andrelucio Ricardo Couto. O foco inicial está na movimentação de viaturas, com destaque para um Fiat Palio que teria feito trajetos coincidentes com o carro do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira entre Goiânia e Brasília. Essa suspeita surgiu após um relatório da concessionária Triunfo, responsável pela BR-060, identificar que os veículos passaram pelo mesmo trecho da rodovia com apenas minutos de diferença. O Palio do Exército foi flagrado várias vezes pelas câmeras da rodovia.
Paralelamente, o Exército também revisou os registros de movimentação de armas nos quartéis para investigar o possível uso indevido de armamento exclusivo em planos golpistas. No entanto, até agora não foram encontrados indícios de irregularidades quanto à saída de armamentos. A apuração sobre as viaturas continua, e o Exército já confirmou a abertura de um procedimento administrativo para verificar o uso regulamentar dos veículos.
A investigação conduzida pelo Exército destaca a seriedade das suspeitas envolvendo militares em atividades golpistas. Embora não tenham sido encontradas evidências sobre a saída irregular de armas, a análise do uso das viaturas permanece central na sindicância. A colaboração entre as Forças Armadas e a Polícia Federal é essencial para esclarecer os eventos e assegurar a responsabilidade daqueles envolvidos na tentativa de desestabilizar as instituições democráticas brasileiras.