Haddad anuncia histórica reforma do IR com aumento recorde na faixa de isenção
Governo Lula propõe aumento da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil; Reforma fiscal promete beneficiar rendas até R$ 7.500 sem perda de arrecadação.
- Data: 29/11/2024 09:11
- Alterado: 29/11/2024 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
Ministro Fernando Haddad (Fazenda)
Crédito:Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, apresentaram nesta quinta-feira, 28 de novembro, a proposta do Governo Federal para elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Esta medida, que foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será submetida à análise do Congresso Nacional. Rui Costa afirmou que “a isenção de R$ 5 mil foi um compromisso eleitoral validado pelo voto popular, refletindo a honestidade do presidente com seus eleitores”.
A expansão da faixa de isenção beneficiará também aqueles com rendimentos de até aproximadamente R$ 7.500, devido à aplicação de uma alíquota mais baixa em relação à vigente. Fernando Haddad destacou que essa mudança é parte de um esforço contínuo desde o início do governo Lula. “Quando assumimos, a isenção estava em torno de R$ 1.800. A partir de 1º de janeiro do próximo ano, ultrapassaremos os R$ 3 mil. Em janeiro de 2026, pretendemos alcançar a isenção para rendas até R$ 5 mil”, explicou Haddad.
Em declaração recente sobre novas medidas fiscais, Haddad classificou a proposta como “a maior reforma da renda na história do país”. Ele enfatizou que pessoas com ganhos superiores também serão favorecidas, uma vez que aqueles com renda até cerca de R$ 7.500 pagarão menos imposto.
O ministro garantiu que o aumento na faixa de isenção não acarretará em perda de arrecadação pública. O equilíbrio financeiro virá através da ampliação da carga tributária sobre rendas mensais acima de R$ 50 mil. “Indivíduos com renda superior a R$ 600 mil anuais, provenientes de diversas fontes como aluguéis e dividendos, precisarão assegurar que contribuem com pelo menos 10% desse montante”, detalhou Haddad.
Sobre desigualdade social, Haddad salientou a necessidade urgente do Brasil enfrentar sua disparidade econômica. “Apesar de sermos uma das dez maiores economias globais, ainda figuramos entre os países mais desiguais. Este governo está empenhado em combater privilégios e injustiças econômicas”, concluiu o ministro, ressaltando as ações contra fundos fechados e fortunas localizadas em paraísos fiscais.