Atrasos no pacote fiscal desgastam imagem de Haddad e elevam tensão política
Mercado ansioso por mudanças em gastos obrigatórios e redução da dívida pública.
- Data: 26/11/2024 23:11
- Alterado: 26/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
A imagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem enfrentado desgaste devido aos constantes adiamentos do pacote fiscal do governo, revelando desafios políticos significativos para sua estruturação. Esta situação gerou expectativas no mercado por medidas robustas e sustentáveis, colocando o ministro sob pressão crescente. O episódio em que o ministro do Trabalho ameaçou se demitir exemplifica as tensões internas no governo, indicando a fragilidade da posição de Haddad frente ao empresariado e à sociedade.
O mercado aguarda ansiosamente a composição do pacote fiscal, principalmente em relação às mudanças nos gastos obrigatórios, como saúde e educação. Há preocupação sobre como essas ações impactarão o endividamento público, com projeções de que a dívida bruta pode ultrapassar 81% do PIB até 2026. A redução de desonerações tributárias é vista como uma possível solução, mas enfrenta obstáculos políticos consideráveis.
Apesar das críticas, Haddad mantém o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que confia em seu compromisso com o novo arcabouço fiscal. Alguns acreditam que a cautela no anúncio do pacote é justificada para evitar embates desnecessários e garantir apoio político no Congresso. Outros veem isso como um avanço significativo para um governo comprometido com o aumento dos gastos públicos.
A eficácia do pacote fiscal será crucial para recalibrar fatores econômicos como câmbio, juros e inflação, influenciando diretamente a vida dos cidadãos e o ambiente eleitoral de 2026. O sucesso de Haddad nesta empreitada pode ser determinante para o futuro político do PT e para as aspirações eleitorais do próprio ministro. Em suma, o anúncio das medidas será um divisor de águas na avaliação de sua liderança econômica.