COP29 em Baku gera polêmica com proposta de financiamento climático
Ações criticam meta de US$ 250 bi por ano e preocupações logísticas ameaçam resolução.
- Data: 22/11/2024 23:11
- Alterado: 22/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Alexander NEMENOV / AFP
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, apresentou uma proposta polêmica para o Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG) de financiamento climático. A meta sugere que países desenvolvidos contribuam com US$ 250 bilhões anuais, um valor significativamente abaixo dos US$ 1,3 trilhão solicitados por nações em desenvolvimento. Essa discrepância gerou críticas de ambientalistas e delegações de países-ilhas, que rapidamente reagiram ao documento apresentado.
O texto, elaborado pela presidência da COP29 sob a liderança do Azerbaijão, não apenas causou frustração devido à sua baixa ambição financeira como também pela sua linguagem vaga. Especifica que os países ricos devem “liderar” o financiamento, mas não detalha como a meta será alcançada, permitindo interpretações que poderiam incluir contribuições de países em desenvolvimento.
Outra questão é que os recursos financeiros podem vir de várias fontes, incluindo empréstimos, o que preocupa as nações mais pobres devido ao risco de aumento do endividamento. Ambientalistas como Stela Herschmann e Camila Jardim expressaram insatisfação com a falta de clareza e compromisso no documento.
A situação em Baku é vista como crítica, com a presidência da conferência enfrentando dificuldades organizacionais e logísticas. O Brasil foi chamado para ajudar nas negociações, mas os esforços para mediar a situação ainda não resultaram em progresso significativo.
Com a reunião próxima do fim e poucas expectativas de resolução, há preocupação de que o tema do financiamento climático seja transferido para a próxima COP30 em Belém, 2025. A conferência já começa a desmontar suas estruturas, destacando desafios logísticos que também impactaram negativamente os participantes.
Esse contexto ressalta a urgência de soluções concretas e sustentáveis para enfrentar as mudanças climáticas globais.