Lula celebra a vida após revelação de um plano frustrado para assassiná-lo

Lula revela suposto complô de envenenamento envolvendo militares para manter Bolsonaro no poder; Polícia Federal avança nas investigações.

  • Data: 21/11/2024 15:11
  • Alterado: 21/11/2024 16:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Notícias ao Minuto
Lula celebra a vida após revelação de um plano frustrado para assassiná-lo

Crédito:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Em um evento com empresários, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações surpreendentes ao abordar, pela primeira vez, um alegado complô para mantê-lo afastado do poder e garantir a permanência de Jair Bolsonaro na presidência. “Tenho que agradecer agora muito mais porque estou vivo. A tentativa de me envenenar, a mim e ao Alckmin, não deu certo, nós estamos aqui“, afirmou.

De acordo com informações da Polícia Federal, o plano incluía também a eliminação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). As autoridades descreveram o esquema como parte de um esforço mais amplo para impedir a transição democrática após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Lula destacou que sua candidatura em 2022 tinha como objetivo principal restaurar a normalidade democrática no Brasil. “Não quero envenenar nem perseguir ninguém. Quero medir por números e dados quem construiu mais escolas, estradas e obras neste país, porque é isso que vale um Governo”, declarou.

A investigação sobre o suposto complô levou à prisão de quatro militares e um agente da Polícia Federal durante a Operação Contragolpe. Entre os detidos está um general que atuava no Palácio do Planalto no governo anterior. O plano envolveria o assassinato dos líderes eleitos e do juiz Moraes, visto como um opositor pelo bolsonarismo, para instituir um regime de crise militar que manteria Bolsonaro no poder.

As investigações sugerem que o envenenamento de Lula e Alckmin estava previsto para ocorrer antes da cerimônia de posse em 1º de janeiro de 2023. Este esquema poderia estar conectado a outros inquéritos em andamento, incluindo aqueles relacionados à invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorrida uma semana após Lula assumir a presidência.

Fontes judiciais indicam que a Polícia Federal está próxima de concluir as investigações, possivelmente já nas próximas semanas. O resultado pode levar à acusação formal de dezenas de pessoas envolvidas nesses eventos tumultuosos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus antigos ministros e colaboradores próximos.

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  • Data: 21/11/2024 03:11
  • Alterado:21/11/2024 16:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Notícias ao Minuto









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