Campos Neto critica PEC que propõe mudança na jornada de trabalho
Presidente do Banco Central alerta que a redução na jornada e fim do esquema 6x1 podem elevar custos, reduzir produtividade e incentivar a informalidade no mercado de trabalho
- Data: 14/11/2024 15:11
- Alterado: 14/11/2024 15:11
- Autor: Redação
- Fonte: UOL
Roberto Campos Neto
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em uma recente declaração, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou preocupações em relação a uma proposta legislativa que pretende modificar a atual configuração de jornada de trabalho no Brasil. Segundo Campos Neto, a mudança que visa abolir o esquema de seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso poderia impactar negativamente a economia nacional ao diminuir a produtividade e aumentar os custos com mão de obra.
A proposta em questão é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) elaborada pela deputada federal Erika Hilton, do PSOL-SP. O documento sugere não apenas a extinção da atual jornada 6×1, mas também uma redução significativa no limite máximo das horas semanais de trabalho, passando de 44 para 36 horas.
Campos Neto destacou que a implementação dessa medida poderia resultar em um aumento da informalidade no mercado de trabalho, uma vez que empregadores poderiam buscar alternativas para minimizar os custos adicionais associados à mão de obra. Ele argumentou que tal cenário seria prejudicial para os trabalhadores e para a eficiência produtiva do país.