Leonardo retira nome de ‘lista suja’ do trabalho escravo
Após fiscalização que identificou irregularidades em sua fazenda, o cantor conseguiu na Justiça a exclusão de seu nome da lista de empregadores acusados de condições análogas à escravidão
- Data: 14/11/2024 14:11
- Alterado: 14/11/2024 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Folha
O cantor Leonardo
Crédito:Reprodução/Instagram
O cantor Leonardo obteve sucesso em retirar seu nome de uma ‘lista suja’ mantida pela Justiça do Trabalho, que compila dados de empregadores acusados de utilizarem mão de obra em condições análogas à escravidão. A decisão foi divulgada recentemente pela defesa do artista.
Leonardo havia sido incluído na lista no ano anterior, após uma fiscalização identificar trabalhadores em “condições degradantes” em sua propriedade, a Fazenda Talismã, localizada em Goiás. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a inspeção, realizada em novembro passado, encontrou seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em situações caracterizadas como “escravidão contemporânea”.
Em resposta à situação, o advogado do cantor, Paulo Vaz, argumentou que Leonardo não tinha responsabilidade direta sobre as condições de trabalho na fazenda. O cantor tomou medidas para resolver a questão, pagando as multas e indenizações necessárias, levando ao arquivamento do caso.
A sentença judicial que favoreceu Leonardo determinou a remoção imediata de seu nome do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas às de escravo. Esta determinação deve ser implementada pela União até 20 de novembro de 2024 e permanecerá em vigor até o trânsito em julgado da ação.
Nas redes sociais, Leonardo se manifestou sobre o ocorrido, alegando que havia arrendado a fazenda em 2022 e que é contra práticas de trabalho escravo. “Não me misturo nessa lista aí que eles fizeram de trabalho escravo. Sou totalmente contra esse tipo de coisa”, afirmou o cantor.
O MTE atualiza semestralmente a chamada “lista suja” do trabalho escravo, que revela os nomes dos empregadores envolvidos em práticas semelhantes à escravidão. Na última atualização, 176 novos nomes foram acrescentados, somando um total de 727 empregadores.