Legalização de cassinos físicos no Brasil pode gerar R$ 37,3 bilhões e 1 milhão de empregos
Segundo a CNC, a regulamentação dos cassinos no país impulsionaria a economia, gerando impostos e fortalecendo o turismo
- Data: 11/11/2024 14:11
- Alterado: 11/11/2024 15:11
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação/Freepik
Uma análise realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que a legalização de cassinos físicos no Brasil poderia gerar uma arrecadação anual de R$ 37,3 bilhões em impostos, significativamente superior aos R$ 14,5 bilhões que os cassinos online poderiam contribuir. Este estudo foi apresentado por Felipe de Sá Tavares, economista-chefe da CNC, durante uma audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), focada nos efeitos das apostas esportivas digitais.
A discussão no STF está centrada na ação promovida pela CNC, que contesta a legislação vigente sobre as apostas online, conhecidas popularmente como “bets”. De acordo com o levantamento da entidade, as atividades online podem estar causando um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com perdas estimadas entre R$ 19,5 bilhões e R$ 220 bilhões por ano. Em contraste, a instalação de um cassino físico em cada estado das regiões Norte e Nordeste do país poderia resultar em um impacto econômico positivo de até R$ 148,4 bilhões.
Emprego e Turismo
O potencial dos cassinos físicos não se limita apenas à arrecadação tributária. A CNC estima que a legalização desses estabelecimentos poderia criar cerca de um milhão de empregos diretos e indiretos. Além disso, Tavares destacou que o faturamento gerado pelos cassinos físicos poderia atingir R$ 274,9 bilhões anualmente, comparado às perdas de até R$ 364 bilhões atribuídas às apostas online.
Tavares ressaltou que os cassinos físicos promovem um desenvolvimento mais amplo do setor turístico e do comércio local, algo que as plataformas digitais não conseguem replicar. Ele também argumentou sobre a segurança e controle dos cassinos tradicionais, citando exemplos internacionais onde é possível implementar medidas eficazes para restringir o acesso de menores e oferecer suporte a apostadores compulsivos.
Em um cenário onde o consumo familiar está em ascensão, Tavares observou uma discrepância preocupante: o varejo brasileiro deixou de registrar R$ 90 bilhões em vendas esperadas para 2024. Isso levanta a hipótese de que parte significativa do poder aquisitivo das famílias está sendo canalizado para as apostas online em vez de estimular o comércio convencional.