Secretário de Segurança admite falha no planejamento por briga de torcedores do Peñarol
Secretário de Segurança do Rio de Janeiro admite falha no planejamento após violência de torcedores do Peñarol e promete rigor na investigação dos responsáveis.
- Data: 23/10/2024 18:10
- Alterado: 24/10/2024 08:10
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Tânia Rego/Agência Brasil
Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos admitiu que houve falha no planejamento da segurança para evitar as confusões envolvendo torcedores do Peñarol. Em entrevista à TV Globo, ele negou que o jogo contra o Botafogo nesta noite, no Estádio Nilton Santos, represente um risco.
“Falhou o planejamento. Todo planejamento vislumbra o pior cenário. Prefiro ter um número muito além e desmobilizar do que ter um numero muito aquém e precisar mobilizar. Uma força de resposta, mesmo rápida, tem outros fatores que não temos controle. Por exemplo um acidente numa via. Não podemos ficar à mercê disso”, disse Victor Santos, secretário de Segurança do Rio de Janeiro.
Botafogo e Peñarol fazem a semifinal da Libertadores nesta quarta. O jogo acontece a partir das 21h30, no estádio Nilton Santos.
Torcedores do Peñarol transformaram a praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste (RJ), em uma verdadeira praça de guerra na altura do posto 12. Os uruguaios saquearam um quiosque, atearam fogo em motos e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas e cadeiras.
“O jogo é um ambiente confinado, existe um planejamento. O Bepe (Batalhão Especial de Policiamento em Estádios) tem um efetivo treinado. Acredito que não tenha esse planejamento. Ao contrário do jogo, que já existe uma metodologia”, comentou o secretário.
Mais de 200 pessoas foram levadas à Cidade da Polícia. O secretário explicou os próximos passos. De acordo com o prefeito Cláudio Castro, os policiais vão escoltar para fora do Rio os torcedores.
“É um trabalho de policia judiciária, existem muitas imagens. Vamos identificar os que tiveram a conduta pior. Teve criminoso que tacou fogo em moto, depredou veículos. É muito grave. Sem contar a possibilidade de poder enquadrar todos ou quase todos em organização criminosa. A ideia é ser o mais rigoroso possível para que não aconteça. Temos histórico no mundo ruim. Não podemos deixar que isso aconteça aqui. Quero o maior rigor possível na apuração desses fatos.”