Defesa Civil alerta para chuva mais volumosa e por menos tempo no fim de semana em SP
Voltou a chover em São Paulo nesta sexta-feira (18), quando a Defesa Civil atualizou seu alerta de chuva para o fim de semana, com acumulado ainda maior que o previsto no estado.
- Data: 19/10/2024 02:10
- Alterado: 19/10/2024 02:10
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Divulgação
A chuva volta sete dias após temporais provocarem apagão e mortes em São Paulo. Na tarde desta sexta, algumas regiões do estado enfrentaram precipitações com maior intensidade. Defesa Civil, governo e prefeituras acompanham a situação.
Pouco depois das 16h, a Defesa Civil paulista informou que havia chuva se espalhando pela região de Presidente Prudente, com raios e vento. Essa precipitação avançou pelo estado, como para as regiões de Limeira, Piracicaba e Poços de Caldas, por exemplo.
Na capital, a precipitação começou pouco antes das 18h, com garoa e chuviscos nas zonas leste e sul e na região central.
Na tarde desta sexta, porém, a Defesa Civil atualizou a previsão para tempestades até domingo (20), com previsão de aumento no volume de chuvas. “O alerta é motivado pela passagem de uma frente fria, que trará precipitações significativas”, diz.
O acumulado de chuvas no final de semana, que era de 200 milímetros, pode chegar a 250 milímetros em diversas regiões do estado.
Outra alteração é o período do acumulado que era de 72 horas e passou para 24 horas.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a chegada de uma frente fria criou condições para temporais com raios e queda de granizo em todo o território paulista. Eles tendem a se intensificar no sábado (19), com destaque para Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Barretos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Serra da Mantiqueira.
Na região metropolitana, a precipitação deve ficar em 95 mm. Um pouco menos que o esperado para a Baixada Santista e o Vale do Paraíba, onde a previsão é o acumulado de 100 mm. No litoral norte, deve chover até 150 mm. Todos esses valores são superiores aos registrados na semana passada.
Em todo o estado, rajadas de vento chegam com a chuva. Segundo a Defesa Civil, elas podem atingir até 60 km/h em alguns locais. Na região metropolitana, porém, é esperado que o pico fique em 45 km/h. Na última semana, as rajadas atingiram 107,6 km/h, maior número já registrado na capital.
A situação de sexta passada, responsável por um apagão, não deve se repetir. No entanto, para evitar surpresa, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) terá uma equipe no centro de operações da Enel -concessionária responsável pela distribuição de energia- para acompanhar a resposta da empresa ao clima adverso. Ainda será montado um gabinete de crise no Palácio dos Bandeirantes.
A Prefeitura de São Paulo também se mobiliza ante a possibilidade de um novo temporal. A gestão Ricardo Nunes (MDB), que resolveu até cancelar suas agendas a partir desta quinta, deixará de prontidão cerca de 4.000 servidores para auxiliar numa possível situação emergencial.
É consenso no Edifício Matarazzo, no entanto, se responsabilidade da Enel evitar um novo caos. Em caso de problemas, todo ônus deve ficar com a distribuidora, dizem pessoas próximas ao prefeito.
UMA SEMANA DO APAGÃO
Após uma tempestade na sexta-feira (11), um blecaute atingiu a região metropolitana de São Paulo. Mais de 3,1 milhões de pessoas ficaram no escuro, segundo a Enel, responsabilizada pelo poder público após o ocorrido.
O presidente da Enel Brasil, Guilherme Lencastre, anunciou nesta quinta-feira (17) o fim da crise. No entanto, havia ainda 36 mil imóveis sem luz -número considerado perto da normalidade pela empresa.
Clientes afetados
3,1 milhões
Rede Afetada
17 linhas de alta tensão
11 subestações
221 circuitos de média tensão
105 transformadores
251 postes
1.492 vegetação
Enel é responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e 24 municípios situados na região metropolitana de São Paulo, em uma área total de 4.526 km². A estrutura soma 163 subestações e 42 mil km de redes de transmissão, abastecendo cerca de 8,2 milhões de usuários diariamente.
Temendo a força da tempestade desta sexta, paulistanos realizaram podas por conta própria, encheram baldes d’água e compraram suprimentos para encarar possíveis dias sem luz.