Homologar é preciso: transporte público e de carga ganham novas tecnologias no Brasil
e-Volksbus avança no processo de homologação, enquanto Higer lança ônibus compacto elétrico e Volvo amplia frotas de transporte urbano e agroindustrial no país
- Data: 30/09/2024 18:09
- Alterado: 30/09/2024 18:09
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira/TranspoMais
- Fonte: AutoMotrix
Ônibus Volkswagen e-Volksbus
Crédito:Divulgação
A Volkswagen Caminhões e Ônibus dá mais um passo para o início da comercialização de seu primeiro ônibus 100% elétrico, o e-Volksbus. O veículo fabricado em Resende (RJ) finalizou sua fase de testes com a SP Trans em São Paulo (SP), e inicia em seu próximo destino, a URBS em Curitiba (PR), dando continuidade à homologação. Esse rigoroso processo é essencial para garantir segurança, desempenho e manutenção do chassi, assegurando que o veículo elétrico atenda a todos os requisitos antes de ser lançado no mercado. O processo inclui ainda a avaliação da carroceria, o acabamento e a pintura. “Durante o processo, o e-Volksbus é submetido a um ciclo intenso de testes, rodando no mínimo dez horas por dia. A autonomia da bateria é levada ao limite, com avaliações detalhadas sobre a durabilidade, a frenagem e o comportamento do veículo em subidas e descidas”, explica Rodrigo Chaves, vice-presidente de Engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
De Hanover para o Brasil
Destaque da fabricante chinesa Higer – líder mundial na fabricação de ônibus elétricos – no recente Salão de Hanover (IAA Transportation 2024), o Azure7 começará a ser comercializado no Brasil em dezembro deste ano. Já presente nas cidades brasileiras nas versões de 12, 13 e 18 metros, o Azure de 7 metros traz a proposta de ajudar a resolver o atendimento da demanda por transporte coletivo não poluente com um produto de dimensões adequadas às vias principais e secundárias. Com capacidade para 40 passageiros, o modelo conta um design moderno, valorizando linhas arredondadas. Uma grande janela lateral proporciona boa visibilidade aos passageiros e uma iluminação natural no interior do ônibus. O piso baixo e plano colabora para o rápido embarque e desembarque. “Urbano, compacto e robusto, o Azure7 representa praticidade para deslocamentos em todos os tipos de vias de uma cidade. Ele vem para ampliar a gama da marca, inclusive no Brasil”, acredita Cadu Souza, CEO da TEVX Higer no Brasil.
Nas rotas da capital
Brasília receberá 90 novos ônibus Volvo B320R para seu sistema de transporte público. Eles serão operados pela Auto Viação Marechal, uma das prestadoras de serviço de transporte de passageiros no Distrito Federal. Os veículos serão usados para interligar a capital federal às cidades satélites de Taguatinga e Ceilândia, densamente povoadas. Atualmente, a Marechal tem 478 veículos e transporta cerca de 145 mil passageiros por dia nas regiões da Bacia 4, que atende às populações de Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras, Guará I e II e parte do Park Way. O B320R é equipado com motor D8K Euro 6, de 320 cavalos de potência e 122 kgfm de torque. Os novos ônibus têm carroceria Caio de 13,2 metros. Com capacidade para 81 passageiros, os veículos têm portas de ambos os lados, elevador na porta central para acesso de pessoas com deficiência e ar-condicionado. “Lançamos o B320R no ano passado. E o modelo está sendo muito bem aceito. Ele eleva o padrão dos chassis Volvo em tecnologia e ajuda no consumo de combustível”, afirma Paulo Arabian, diretor Comercial da Volvo Buses.
De grão em grão
A Lar Cooperativa Agroindustrial, de Medianeira (PR), acaba de adquirir mais um lote de 80 caminhões da Volvo, dos modelos FH e VM. Com o negócio, a cooperativa chegará a 473 veículos da marca sueca, o equivalente a 96% de sua frota. Os novos FH serão utilizados no transporte de cargas pesadas e de longa distância, enquanto os semipesados VM serão direcionados para operações regionais. Implementados com semirreboques graneleiros, os FH transportarão grãos, farelo e fertilizantes, e os VM carregarão ração em silos de alumínio e aves em carrocerias. Os VM farão rotas no oeste paranaense, entre as indústrias de rações e as propriedades rurais dos produtores integrados ao sistema de cooperativa. Já os FH levarão mercadorias agrícolas do Mato Grosso do Sul para o oeste do Paraná e para os portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP), para a exportação.