Voepass demite diretores e faz reestruturação após acidente aéreo que matou 62

Ao todo, três diretores foram demitidos, os de operações, manutenção e segurança.

  • Data: 25/09/2024 22:09
  • Alterado: 25/09/2024 22:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: FolhaPress
Voepass demite diretores e faz reestruturação após acidente aéreo que matou 62

Crédito:Divulgação/Voepass Linhas Aéreas

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A empresa aérea Voepass anunciou uma reestruturação na sua diretoria. A mudança ocorre cerca de um mês e meio depois do acidente com um avião da companhia aérea que matou as 62 pessoas a bordo em um acidente em Vinhedo (SP).

Ao todo, três diretores foram demitidos, os de operações, manutenção e segurança.

Na reestruturação, o comandante Raphael Limongi irá substituir Marcel Moura no comando de operações.

O tenente-coronel David da Costa Faria Neto foi demitido e será substituído pelo comandante Diego Hangai, há 13 anos na companhia, na diretoria de segurança operacional.

No seu currículo, Faria Neto, agora fora da Voepass, entre outros, foi superintendente de Segurança Operacional da Anac (Agência Nacional Civil).

Na outra demissão, Erick Consoli será substituído pelo engenheiro mecânico Carlos Alberto da Costa, na diretoria de manutenção.

“Com mais de 35 anos de experiência na indústria aeronáutica, Carlos Alberto Costa já ocupou diversas posições de liderança, assim como a diretoria de manutenção em outras companhias aéreas”, afirma a Voepass em comunicado.

Todas as mudanças foram aprovadas à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), diz o texto.

Na nota, a Voepass afirma que o presidente e cofundador da empresa, José Luiz Felício Filho, vai acumular a liderança executiva e a chefia de operações.

Ao justificar o acúmulo de funções de Felício, a companhia afirma que ele é piloto há mais de 30 anos, sendo o comandante mais antigo da Voepass, com mais de 10.000 horas de voo. Ele está na presidência desde 2004.

Dias depois do acidente, em um vídeo, o presidente afirmou que a Voepass aérea adota práticas internacionais de segurança.

A companhia também fez recentemente mudanças nas suas rotas, por causa do acidente no voo 2283.

Entre as alterações está a de Cascavel (PR) até Guarulhos (SP), a mesma do acidente que deixou 62 mortos. Nenhum avião da companhia decola ou pousa na cidade paranaense desde o último dia 2.

Com uma aeronave a menos em sua frota, a companhia afirma que foi necessário realizar uma readequação em sua malha.

Desde 9 de agosto, data do acidente, a Voepass deixou de operar em Fortaleza, Confins (MG) e Porto Seguro (BA). A partir de 26 de agosto, a companhia cancelou pousos e decolagens também em Salvador, Natal e Mossoró (RN). Já em 2 de setembro foi suspensa a operação em São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).

A medida, segundo a Voepass, visa garantir “uma melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”.

Uma formação severa de gelo pode ter provocado uma inclinação abrupta e involuntária no avião ATR 72-500 que caiu em Vinhedo, segundo relatório preliminar divulgado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão de prevenção e investigação de acidentes aéreos.

A análise é de James Rojas Waterhouse, professor do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP de São Carlos, com base no relatório, explicações e simulação apresentadas nesta sexta pelo órgão da Força Aérea Brasileira

Ainda não é possível afirmar que o fenômeno tenha efetivamente ocorrido.

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  • Data: 25/09/2024 10:09
  • Alterado:25/09/2024 22:09
  • Autor: Redação
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