Em dia histórico, Brasil vai quatro vezes ao pódio e chega às 400 medalhas em Jogos Paralímpicos
Domingo (1º/9) foi marcado por uma prata inédita, três bronzes e um recorde mundial para o país nas Paralimpíadas da França. Brasil está na quarta colocação na classificação geral
- Data: 02/09/2024 08:09
- Alterado: 02/09/2024 08:09
- Autor: Redação
- Fonte: Governo Federal
A 400ª medalha brasileira em Jogos Paralímpicos veio com André Rocha, que ganhou o bronze no lançamento de disco da classe F52
Crédito:Wander Roberto/CPB
Uma marca emblemática e que simboliza toda a força do Brasil no esporte paralímpico foi atingida e celebrada neste domingo, 1º de setembro, durante o quarto dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris. As quatro medalhas arrebatadas hoje – prata no tiro esportivo, com Alexandre Galgani, e bronze com Lídia Cruz e com revezamento 4 x 100m livre S14 (atletas com deficiência intelectual), e, finalmente, o bronze de André Rocha no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) – permitiram ao país chegar ao 400º pódio em Paralimpíadas.
Com os resultados deste domingo, o Brasil chegou a 27 medalhas na França (oito ouros, quatro pratas e 15 bronzes) e está na quarta posição no quadro geral de medalhas, atrás apenas da líder China, que tem 71 pódios (33 ouros, 27 pratas e 11 bronzes); da Grã-Bretanha (43 medalhas: 23 ouros, 12 pratas e 8 bronzes) e dos Estados Unidos (27 medalhas: 8 de ouro, 11 de prata e 8 de bronze).
O HOMEM DA 400ª – O resultado que marcou a conquista da histórica 400ª medalha do Brasil em 12 Paralimpíadas disputadas até aqui pelo país (incluindo a de Paris) veio com o paulista André Rocha, estreante em Jogos Paralímpicos. Competindo no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem em cadeiras de rodas), ele assegurou a medalha de bronze com a marca de 19,48m.
“Que bacana, né? A medalha de número 400. Eu não sabia dessa informação, fiquei sabendo agora, mas, independente disso, eu estou muito feliz. Estar hoje numa Paralimpíada era o meu grande sonho. Fiquei fora de duas, fiquei fora do Rio (2016), fiquei fora de Tóquio (2021). É um momento único, um estádio que, pelo que eu escutei, tinha uma média de 70 mil pessoas. É surreal estar vivendo tudo isso daqui. Eu quero só agradecer. Agradecer a Deus, agradecer a minha família, agradecer a minha esposa, que hoje é aniversário dela e ela está aqui com meus filhos, me apoiando como sempre”, afirmou André Rocha.
“Toda a equipe que se esforça para que a gente tenha o melhor resultado. Agradecer ao meu treinador, Diego Cascardo, que também está com a gente o tempo todo, a todos os meus patrocinadores, apoiadores, todas as pessoas que mandaram mensagem, todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para que esse momento acontecesse. Seguimos. Agora encerrou o ciclo e que venha o próximo! Que a gente esteja ainda mais preparado para defender bem o Brasil”, prosseguiu.
Ele já tem três medalhas em mundiais de atletismo – ouro em Londres 2017 e em Kobe 2024, e bronze em Paris 2023. Nascido em Taubaté, ele chegou a Paris 2024 como o detentor do recorde mundial – 23,80m. Mas, neste domingo, o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que ficou com o ouro, estabeleceu o novo recorde mundial e paralímpico, com 27,06m. O letão Aigars Apinis, com 20,62m, conquistou a prata.
André era policial militar e, durante uma perseguição policial em 2005, caiu de um muro alto que ocasionou uma grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.
PRATA HISTÓRICA – Outro resultado histórico para o Brasil veio com o paulista Alexandre Galgani. Ele conquistou a prata no tiro esportivo, na prova R5 Carabina de Ar – 10 m – Posição Deitado Misto SH2, resultado que marcou a primeira medalha do Brasil na modalidade em Jogos Paralímpicos.
Galgani terminou a disputa com 254,2 pontos, apenas 1,2 ponto atrás do francês Tanguy de la Forest, que ficou com o ouro com 255,4, e bem à frente do japonês Mika Mizuta, que garantiu o bronze com 232,1.
“São 11 anos me dedicando aí praticamente todo dia. E, graças a Deus, consegui atingir. Não atingi a meta minha ainda, que é ouro. Mas bati na trave. Foi por pouco que eu não consegui o ouro dessa vez. Mas ainda vou continuar a luta. Eu ainda vou almejar o ouro, ainda vou buscar ele”, avisou Alexandre, que comentou o fato de ser o pioneiro no pódio para o Brasil no tiro esportivo paralímpico em Jogos Paralímpicos.
“A história a gente fez desde o começo, né? Desde quando eu comecei no tiro eu sempre me dediquei o máximo pra conseguir brilhar. E fui plantando, plantando, plantando, e hoje, graças a Deus, consegui colher, com a ajuda de todos vocês. É só agradecer a Deus, agradecer a família, minha esposa, todo mundo, meu pai, que me colocou no esporte. Agradecer principalmente o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) também. Todos vocês aí do CPB, em nome de todos aí, que dão a força pra gente conseguir chegar aqui e conseguir brilhar”.
Galgani, hoje com 41 anos, sofreu uma lesão na medula aos 18 anos, após mergulhar em uma piscina, bater a cabeça e perder todos os movimentos do corpo. Depois de cirurgias e de uma longa batalha para recuperar parte dos movimentos dos braços, ele começou a praticar tiro esportivo, principalmente devido ao apoio do pai, Sérgio Galgani – que faleceu em 2014, aos 62 anos, em decorrência de um problema no coração enquanto estava com o filho em um campeonato em São Paulo.
Desde então, a cada pódio, a cada conquista, Alexandre se recorda do pai. “Tenho certeza de que meu pai estava lá comigo, subiu no pódio comigo. Ele sempre está comigo, sempre está me ajudando”, disse, emocionado, após a conquista da prata paralímpica.
BRONZES E RECORDES – Na natação, o revezamento do Brasil ganhou a medalha de bronze nos 4 × 100m livre S14 (atletas com deficiência intelectual) e cravou o novo recorde das Américas, com o tempo de 3min47s49. O ouro ficou com o Reino Unido (3min43s05) e a prata, com a Austrália (3min46s37).
O Brasil abriu a disputa com Arthur Xavier Ribeiro e, na sequência, nadaram Gabriel Bandeira, Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares de Oliveira. “A gente vem treinando cada um com um técnico, mas só que a gente sempre chega aqui e sempre está nadando bem. E dessa vez não foi diferente. A gente nadou muito bem e eu estou muito feliz por ter essa equipe. Paris foi diferente. Não tem explicação o público. Em vez da gente ficar com medo, a gente se sentiu mais forte e nadou para cima”, afirmou Ana Karolina, referindo-se aos companheiros e à energia do público na capital francesa.
“A medalha foi bem positiva, mas acredito que o melhor foi a energia ali do revezamento. Acho que cada um agora saiu um pouco mais motivado para a próxima prova”, completou Gabriel Bandeira.
A mesma situação, um bronze e um recorde das Américas, marcaram o domingo da carioca Lídia Cruz nos 150m medley SM 4, destinada a atletas com limitações físico-motoras. Ela marcou o tempo de 2min57s16, novo recorde das Américas. A alemã Tanja Scholz ganhou o ouro, com 2min51s31, e Natalia Butkova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), a prata, com 2min54s68.
RECORDE MUNDIAL – Outro fato importante do dia veio com o mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que mais uma vez brilhou na natação e quebrou o recorde mundial nos 150m medley da classe SM2 (limitação físico-motora), com o tempo de 3min14s02. Gabrielzinho já conquistou duas medalhas de ouro em Paris e segue na luta por mais pódios na França.
VITÓRIA NO FUTEBOL DE CEGOS – O Brasil estreou com vitória no torneio de futebol de cegos dos Jogos Paralímpicos de Paris. A equipe pentacampeã paralímpica derrotou a Turquia, por 3 a 0, no Estádio da Torre Eiffel, um dos palcos mais icônicos do megaevento, localizado aos pés do principal cartão-postal da capital parisiense. Os gols foram marcados por Nonato (duas vezes, ambas de pênalti) e Jefinho.
A equipe volta a campo nesta segunda (2/9), às 15h30 (de Brasília), para enfrentar os anfitriões franceses, atuais campeões europeus e derrotados neste ano pelos brasileiros no Desafio Internacional, realizado em maio, no CT Paralímpico, em São Paulo.
O Brasil começou o jogo com Luan no gol, além de Tiago Paraná, Jefinho, Ricardinho e Nonato na linha. Mas o técnico Fábio Vasconcelos utilizou seus quatro reservas – Cássio, Maicon, Jonatan e Jardiel – ao longo do confronto. Apenas o goleiro reserva Matheus Costa não entrou.
Além de turcos e franceses, o Brasil vai enfrentar ainda pelo Grupo A a China, campeã asiática e algoz dos brasileiros na semifinal da Copa do Mundo de 2023, disputada em Birmingham, na Inglaterra. O duelo está marcado para terça-feira, às 13h30. No Grupo B, estão Argentina, Colômbia, Japão e Marrocos. Os dois melhores de cada chave avançam às semifinais, que serão disputadas no dia 5. A grande final está marcada para o dia 7 de setembro, às 15h.
BOLSA ATLETA – Dos 280 atletas brasileiros em Paris em 20 modalidades, 274 (97,8%) integram o Bolsa Atleta do Governo Federal, incluindo os 37 da natação. Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.
CONFIRA OS RESULTADOS DOS BRASILEIROS NESTE DOMINGO EM PARIS:
Atletismo – Local: Stade de France
Camila Muller – 1500m (T11) – eliminada na classificatória
Aline Rocha, Jéssica Giacomelli e Vanessa Cristina – 800m (T54) – eliminadas na classificatória
Verônica Hipólito (7ª) e Samira Brito (6º) – 200m (T36) – final
Matheus de Lima – 100m (T44) – 9º lugar
Ariosvaldo Silva – 400m masculino (T53) – final – 8º lugar
Wallison Fortes – 100m (T64) – 7º lugar na classificatória – fora da final
Alan Fonteles – 100m (T64) – 5º lugar – classificado para a final
André Rocha – lançamento de disco (F52) – bronze
Vinícius Rodrigues – 100m (T63) – classificado para a final com o 6º melhor tempo
Bocha – Local: Arena Paris Sul
Evani Calado 2×7 Sunhee Kang (Coreia do Sul) – individual BC3 – 4º lugar
Badminton – Local: La Chapelle
Vitor Tavares 0x2 Charles Noakes (França) – (18/21 e 20/22) simples SH6 – vai disputar o bronze dia 2
Futebol de cegos (fase de grupos) – Local: Arena da Torre Eiffel
Brasil 3×0 Turquia
Natação (finais) – Local: Arena La Défense
Phelipe Rodrigues – 100m Livre (S10) – 4º lugar
Lídia Cruz – 150m Medley (SM4) – bronze
Patrícia Pereira – 150m Medley (SM4) – 8º lugar
Gabriel Araújo – 150m Medley (SM2) – 4º lugar e Recorde Mundial na SM2
Roberto Rodriguez Alcalde – 100m Peito (SB5) – 6º lugar
Laila Suzigan – 100m Peito (SB5) – 6º lugar
Revezamento 4x100m livre (S14) – bronze
Remo – Local: Vaires-sur-Marne
5h50 – Priscila Souza, Alina Dumas, Erik Lima e Gabriel Mendes – Quatro com PR3 – 2º na final B
6h10 – Cláudia dos Santos – skiff simples PR1 – 6ª na final A
7h10 – Diana Barcelos e Jairo Klug – Mix2x PR3 – 5º na final A
Tênis em cadeira de rodas – Local: Roland Garros
Ymanitu Silva e Leandro Pena 0x2 Andy Lapthorne e Gregory Slade – (1/6 e 5/7) quad duplas masculina – vai disputar o bronze
Daniel Rodrigues 2×0 Casey Ratzlaff – (6/2 e 7/6) – simples masculino – segunda rodada
Daniel Rodrigues e Gustavo Carneiro 2×1 Daisuke Arai e Takashi Sanada – (4/6, 7/5 e 10/7) duplas masculino – segunda rodada
Tênis de mesa (eliminatórias) – Local: Arena Paris Sul
Cláudio Massad 3×1 Krisztian Gardos (Áustria) – Simples – MS10
Sophia Kelmer 3×0 Elena Litvnenko (Atleta Paralímpica Neutra) – Simples – WS8
Joyce Oliveira 3×1 Patamawadee Intanon (Tailândia) – Simples WS3
Luiz Felipe Manara 0x3 Weinan Peng (China) – Simples MS8
Marliane Santos 2×3 Dararat Asayut (Tailândia) – Simples WS3
Tiro esportivo (final) – Local: Centro de Tiro Esportivo
Alexandre Galgani – R5 Carabina de Ar – 10 m deitado – SH2 – prata
Tiro com arco (oitavas de final) – Local: Invalides
Eugênio Franco 122 x 137 Jason Tabansky (Estados Unidos) – Individual W1
Vôlei sentado masculino (fase de grupos) – Local: Arena Paris Norte
Brasil 0 x 3 Irã
AGENDA – SEGUNDA-FEIRA (2/9)
Atletismo – Local: Stade de France
5h05 – Claudiney Batista – lançamento de disco (F56) – final direta
5h20 – Júlio César Agripino e Yeltsin Jacques – 1500m (T11) – classificatória
5h48 – Ketyla Teodoro, Clara Daniele e Lorraine Aguiar – 400m (T12) – classificatória
6h02 – Beth Gomes – arremesso de peso (F54) – final direta
6h35 – Aline Rocha e Vanessa Cristina – 1500m (T54) – classificatória
7h18 – Lorena Spoladore, Jerusa dos Santos e Jhulia Karol – 100m (T11) – classificatória
14h – Edenilson Floriani – lançamento de dardo (F64) – final direta
14h04 – Beth Gomes – lançamento de disco (F53)- final direta
14h08 – Fábio Bordignon e Henrique Caetano – 100m (T35) – final direta
14h15 – Aser Mateus Almeida e Rodrigo Parreira – Salto em distância (T36) – final direta
14h20 – Possível semifinal 100m feminino (T11)
14h40 – Vinicius Rodrigues – 100m masculino (T63) – final
14h50 – Alan Fonteles – 100m masculino (T64) – final
15h20 – Antônia Keyla – 400m (T20) – classificatória
15h35 – Alessandro Rodrigo – arremesso de peso (F11) – final direta
15h43 – Possível semifinal 400m feminino (T12)
Natação (eliminatórias) – Local: Arena La Défense
5h03– Gabriel Cristiano – 50m Livre (S9)
5h23 – Maiara Barreto e Edênia Garcia – 50m Costas (S3)
5h33 – João Pedro Brutos – 100m Peito (SB14)
5h41 – Beatriz Carneiro e Débora Carneiro – 100m Peito (SB14)
5h55 – Carol Santiago e Lucilene Sousa – 50m Livre (S13)
6h26 – Gabriel Araújo e Bruno Becker – 200m Livre (S2)
6h46 – Revezamento 4x100m Medley 34 pontos
12h30 – Início das finais
Badminton – Local: La Chapelle
A partir das 16h10 – Vitor Tavares x Man Kai Chu (Hong Kong)- simples SH6 – disputa pelo terceiro lugar
Futebol de cegos (fase de grupos) – Local: Arena da Torre Eiffel
15h30 – Brasil x França
Goalball masculino (quartas de final) – Local: Centro de convenções da Porta de Versailles
8h15 – Brasil x Egito
Tênis de mesa – Local: Arena Paris Sul
5h – Paulo Salmin x Jonas Hansson (Suécia) – simples MS7 – oitavas de final
5h – Lucas Arabian x Bolawa Akingbemisilu (Nigéria) – simples MS5 – oitavas de final
5h45 – Israel Stroh x Sayed Youssef (Egito) – simples MS7 – oitavas de final
8h – Thiago Gomes x Abdelrahman Abdalla (Egito) – simples MS11 – oitavas de final
12h – Cláudio Massad x Patryk Chojnowski (Polônia) – simples MS10 – quartas de final
12h45 – Bruna Alexandre x rival a definir – simples WS10 – quartas de final
13h30 – Evellyn Santos x Mui Wui Ng (Hong Kong) – simples WS11 – oitavas de final
15h45 – Carla Azevedo x Chilchitparyak Bootwansirina (Tailândia) – simples WS1-2 – oitavas de final
Tiro com arco – Local: Invalides
4h40 – Juliana Cristina e Eugênio Franco x Sarka Pultar e David Drahoninsky (República Tcheca) – Duplas W1 – quartas de final
5h20 – Possível semifinal – Duplas W1
6h15 – Possível final – Duplas W1
10h50 – Jane Karla e Reinaldo Charão x Maria Riveros e Diego Arias (Costa Rica) – Duplas Composto W2 – oitavas de final
11h50 – Possível quartas de final – Duplas Composto W2
13h30 – Possível semifinal – Duplas Composto W2
14h25 – Possível final – Duplas Composto W2
Triatlo – Local: Ponte Alexandre III
3h20 – Jessica Ferreira – PTWC
7h05 – Letícia Freitas – PTVI
7h20 – Ronan Cordeiro – PTS5
Tênis em cadeira de rodas – Local: Roland Garros
a partir das 7h – Leandro Pena x Sam Schroder (Holanda) – Quad – quartas de final
a partir das 7h – Daniel Rodrigues x Tokito Oda (Japão) – Individual masculino – terceira rodada
Vôlei sentado feminino (fase de grupos) – Local: Arena Paris Norte
9h – Brasil x Eslovênia