Anac afirma que vai intensificar vigilância e monitoramento dos serviços da Voepass
A decisão foi comunicada durante reunião entre diretores da agência e representantes da empresa uma semana após o acidente em Vinhedo (SP), que causou a morte de 62 pessoas.
- Data: 16/08/2024 15:08
- Alterado: 16/08/2024 15:08
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress/Cézar Feitoza
Crédito:Divulgação
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou nesta sexta-feira (16) que vai intensificar a vigilância e monitoramento dos serviços prestados pela Voepass, antiga Passaredo.
A decisão foi comunicada durante reunião entre diretores da agência e representantes da empresa uma semana após o acidente em Vinhedo (SP), que causou a morte de 62 pessoas.
“No atual contexto pós acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a Agência entende ser importante a intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação”, diz a nota da Anac.
O voo 2283 da Voepass seguia de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo) quando caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. O avião, que decolou às 11h50 e tinha previsão de chegada às 13h40, perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21.
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência. Isso, porém, será esclarecido e confirmado somente ao fim da análise das caixas-pretas.
Especialistas levantam a possibilidade de que gelo tenha se acumulado nas asas da aeronave.
O avião atravessou uma zona crítica para a formação de gelo por quase dez minutos antes da queda, mostrou uma análise do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Vídeos do momento da queda gravados por diversos moradores de Vinhedo mostram que a aeronave desceu rodopiando no ar, mantendo-se em posição horizontal, manobra conhecida como “parafuso chato”.
Essas condições, segundo especialistas, indicam que o piloto havia perdido o controle da aeronave e as condições de arremeter ou seja, apontar o nariz da aeronave para baixo e usar os motores para ganhar novamente sustentação no ar.