Brasil Sorridente: retomada do programa marca avanços da saúde bucal no país
Em entrevista a rádios de três estados, coordenadora da área no Ministério da Saúde, Doralice da Cruz, aponta os investimentos da atual gestão
- Data: 07/08/2024 10:08
- Alterado: 07/08/2024 10:08
- Autor: Redação
- Fonte: Ana Freire Ministério da Saúde
Dentista
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
Nesta terça-feira (6), a coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo da Cruz, falou sobre os avanços do Brasil Sorridente, durante entrevistas para rádios do Amapá, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Com a retomada do programa na atual gestão, o governo federal aumentou cerca de 126% os recursos na saúde bucal em relação ao ano passado, com um investimento atual de R$ 4,3 bilhões.
O Brasil Sorridente foi criado em 2004 para combater a dificuldade de acesso à saúde bucal, principalmente em regiões de maior vulnerabilidade. Em 2023, o presidente Lula sancionou a lei que incluiu a Política Nacional de Saúde Bucal na Lei Orgânica da Saúde, tornando-a um direito de todos os brasileiros com acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
À Rádio Equinócio, de Macapá (AP), Doralice exaltou a parceria entre o Ministério da Saúde e a gestão local. “O Amapá é o nosso estado piloto. Quando temos novas políticas, começamos a implantação por lá e é muito importante manter essa relação”.
Até maio de 2024, o Amapá recebeu R$ 812,4 mil do governo federal para investir em 127 equipes de saúde bucal e 4 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). O valor é mais que o dobro em relação aos recursos registrados em dezembro de 2022, quando foram repassados R$ 401,6 mil para 103 equipes e 4 CEOs.
No Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, o aumento também foi evidente: no mesmo período, os investimentos passaram de R$ 1,8 milhão para R$ 3,2 milhões e de R$ 12,2 milhões para R$ 24,2 milhões, respectivamente.
A coordenadora também falou sobre os resultados do SB Brasil, estudo sobre as condições de saúde bucal da população brasileira. “Nós vimos que as pessoas estão perdendo menos dentes e já existe um grande contingente que nunca teve experiência de cárie. Entre os idosos, também observamos uma diminuição da perda dentária”, declarou.
Segundo Doralice, é notório o avanço nos cuidados com a saúde bucal da população e ela destacou a influência dessa melhoria em outros aspectos. “Quando as pessoas têm uma boa saúde bucal, ela come bem, fala bem, ela pode namorar, se expressar, fica mais livre para ocupar o lugar dela na sociedade. É imprescindível”, disse ela, na entrevista.
Rede de atendimento
Em todo o país, o Brasil Sorridente conta com a Rede de Atenção em Saúde Bucal, que oferece serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com as equipes de saúde bucal e cirurgiões dentistas, enquanto os CEOs ofertam atendimentos especializados. Além disso, a rede tem laboratórios regionais de próteses dentárias e serviços de acessibilidade para pessoas com deficiência. Em municípios com 20 mil habitantes ou menos, as equipes também atuam nos hospitais.
Com a disponibilização da rede, o Serviço de Especialidades em Saúde Bucal (SESB) reforçou o compromisso de garantir atendimento odontológico integral em regiões desassistidas. São mais de 15,2 milhões de brasileiros com acesso à prevenção, às especialidades odontológicas e recuperação da saúde bucal.
Investimento recorde
Neste ano, está em vigência o maior investimento da história em saúde bucal. Serão mais de 6 mil novas equipes de saúde bucal, 100 novos CEOs, expansão do custeio para as especialidades em mil CEOs e aquisição de 300 novas Unidades Odontológicas Móveis (UOMs), que entraram como uma das prioridades do Novo PAC – Eixo Saúde, com um investimento da ordem de R$ 200 milhões.
O Ministério da Saúde anunciou, ainda, R$ 187,8 milhões para viabilizar a compra de insumos e instrumentos para tratamento de estudantes de escolas públicas matriculados no ensino básico. A ação “Mais Saúde Bucal nas Escolas” vai alcançar 26 milhões de estudantes de 3 a 14 anos em 5.055 municípios brasileiros, por meio de 31,2 mil equipes de saúde bucal.