Atendimento em casos de bombas: policiais são treinados para atuar em ocorrências com explosivos
Agentes são capacitados para encarar ameaças e procurar evidências de envolvidos nos crimes
- Data: 16/05/2024 16:05
- Alterado: 16/05/2024 16:05
- Autor: Redação
- Fonte: SSP
Crédito:SSP
Uma nova turma de policiais civis começou nesta quinta-feira (16) a se especializar em atendimento de ocorrências com artefatos explosivos. O curso é realizado na Academia de Polícia Civil de São Paulo (Acadepol) para agentes já formados que desejam se qualificar nesses casos, que podem afetar dezenas ou até centenas de pessoas ao redor.
Mais do que ter uma noção específica de como desarmar explosivos, no curso os alunos também aprendem como encarar ameaças de bombas e procurar evidências dos envolvidos no crime; em quais casos é necessário realizar uma varredura no local e como lidar com ameaças de bombas falsas.
Ter essa especialização é uma forma de se “assegurar” contra os perigos em que policiais podem se deparar no decorrer da carreira, afirma o coordenador de Ações Antibombas do Grupo Especial de Reação (GER), Luiz Antônio Petracco. O curso é aberto mensalmente e divulgado pela Acadepol para os agentes que tenham interesse em se inscrever.
No total, 28 alunos estão inscritos para as aulas. “Com esse curso, eles vão saber quais procedimentos devem adotar em uma situação de risco. Mostramos o material inerte para a turma poder ter conhecimento das características de cada explosivo”, explica. “Não é para causar medo, mas mostrar que eles precisam respeitar a maneira como aquele artefato age para saber como lidar com aquilo”, completa.
Todas as carreiras da Polícia Civil são contempladas no curso. A ideia do tema para estudo aconteceu pouco antes da Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, a Acadepol decidiu que precisava promover essa especialização para que os agentes soubessem como atuar em ocorrências desse tipo.
“As pessoas acham que fazer uma evacuação é simples, que é só tirar todo mundo do local, mas não têm ideia da complexidade. Primeiro que você precisa ter um lugar definido para onde essas pessoas serão levadas e como serão levadas em segurança. Além disso, evacuar lugares como hospitais, por exemplo, pode custar vidas”, observa o investigador Petracco.