Ronaldo cita remédios, período sabático e indica saída do comando de clubes
Ao lado do bilionário Pedro Lourenço, novo dono, e do executivo Gabriel Lima, ele fez um pronunciamento oficial e atendeu à imprensa por quase uma hora
- Data: 30/04/2024 14:04
- Alterado: 30/04/2024 14:04
- Autor: Redação
- Fonte: André Martins/UOL/Folhapress
Ronaldo e Pedro Lourenço, novo dono da SAF do Cruzeiro
Crédito:Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Ronaldo Fenômeno desabafou sobre sua saída do Cruzeiro. Ele ironizou que vai poder assistir aos jogos sem tomar remédios e também indicou que não deve mais atuar à frente de clubes de futebol.
Com semblante cansado, Ronaldo falou pausadamente e mediu palavras na coletiva em que anunciou a venda da SAF do Cruzeiro, na noite da última segunda (29).
O agora ex-dirigente citou “dever cumprido” na passagem de bastão, mas também ressaltou que foi irresponsável ao assumir a gestão do clube. Ele avaliou que se sentia capacitado e que foi único a aceitar o desafio, mas confessou que segue sem conseguir explicar para sua psicóloga o porquê de ter entrado nesse meio. Ronaldo frisou que pegou o time com uma dívida de R$ 1,3 bilhão e que quintuplicou o faturamento.
Ele ainda deu uma declaração agridoce ao responder se sentirá falta de comandar a Raposa. Rindo, ele disse que vai parar de tomar remédio na hora das partidas e ponderou que terá saudade tanto da adrenalina quanto da angústia de levar a culpa nos casos de resultados negativos. Foram dois anos e quatro meses administrando o clube.
O ex-jogador e hoje empresário também afirmou que o Valladolid “é o próximo” a ser vendido. O ídolo brasileiro é acionista majoritário do clube espanhol desde setembro de 2018, e também vem sendo cobrado por lá. Com o Cruzeiro negociado e o Valladolid em vias de ser, Ronaldo se aproxima de sua despedida do comando de clubes.
Por fim, ele brincou que deseja ter o “restinho de vida sabático”, mas confessou que não deve se distanciar do universo do futebol. Ronaldo seguirá como membro do conselho de administração da SAF do Cruzeiro, mas se distancia das tomadas de decisão.