Projeto Caminhos das Águas: trilhas formativas para fortalecer saberes e fazeres é lançado em Cuiabá

Projeto vai realizar, em todo o Brasil, ações de formação para apoiar artistas-educadores, mestres de cultura e demais fazedores culturais

  • Data: 28/03/2024 08:03
  • Alterado: 28/03/2024 08:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: MinC
Projeto Caminhos das Águas: trilhas formativas para fortalecer saberes e fazeres é lançado em Cuiabá

Crédito:Ministério da Cultura

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Ofertar trilhas formativas para o fortalecimento dos saberes, fazeres e o desenvolvimento de projetos territoriais, seguindo rotas de rios e afluentes nas cinco regiões do Brasil. Com esse objetivo, foi lançado, na quarta-feira (27), em Cuiabá, o projeto Caminhos das Águas – Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais, uma realização do Ministério da Cultura (MinC) e a Universidade Federal de Mato Grosso, por meio do Programa Olhos d´Água.

Em um seminário realizado na UFMT, a apresentação ao público contou com a presença de artistas, educadores, gestores públicos e fazedores de arte, com a exposição de atividades que irão se espalhar para as comunidades do interior do Brasil, com uma ação para alcançar grupos e territórios diversos, populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas, uma relação entre a cultura e a natureza.

Um projeto que une cultura, educação, natureza e territórios. “Todos nós sabemos que educação e cultura caminham lado a lado. E, juntas, são um canal muito potente para o nosso desenvolvimento. Por isso esse momento é tão especial”, afirma a ministra da cultura, Margareth Menezes. A chefe da Cultura lembrou do caminho percorrido até desaguar no lançamento: ela frisou ainda que, em 2023, no Grupo de Trabalho (GT) Interministerial, criado pelo Governo do Presidente Lula, tivemos discussões para propor políticas de preservação ao enfrentamento da violência nas escolas.

Essas discussões, segundo a ministra, resultaram na segunda ação do Programa Olhos d´água: o Caminhos das Águas – Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais, que materializa o pensamento do MinC sobre o fazer cultural nesse país. “As escolas livres de Formação em Arte e Cultura, que são o foco do Programa Olhos d´água, são pilares para o futuro que queremos construir. Gostaria de agradecer à UFMT e todas as instituições que contribuíram para que esse projeto acontecesse. Estamos juntos na construção de políticas públicas culturais para o nosso país. Em Mato Grosso, 88% dos municípios aderiram à Lei Emergencial Paulo Gustavo e 90% aderiram à Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Esses programas fortalecem o Sistema Nacional de Cultura, que foi aprovado para regulamentação agora no Congresso”, afirma a ministra Margareth Menezes.

Para o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, com o lançamento do programa Caminhos das Águas – Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais, essa parceria do MinC, da UFMT e Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), iniciamos agora o percurso formativo que será desenvolvido na produção de conteúdos e no desenvolvimento de projetos territoriais, compreendendo estes territórios como conexões aos seus processos educativos e culturais.

“Nesse caminho, rios, afluentes e chapadas ganharam relevo como territórios vitais do projeto. Eles serão o mapa do caminho das águas. Daí a presença em comunidades que estão inseridas nos fluxos de rios e chapadas no território nacional. São territórios importantes para o desenvolvimento desses projetos, distribuídos nas cinco regiões do Brasil, compreendendo também a relação entre cultura e natureza como vitais na educação ambiental e para o desenvolvimento sustentável por meio das artes e das manifestações culturais”, aponta o secretário do MinC, Fabiano Piúba.

Durante sua fala no evento, a diretora de Educação e Formação Artística do MinC, Naine Terena, reafirmou que o projeto nasceu em um contexto relevante, referente aos ataques de violência nas escolas. “Nesse período compomos um grupo de trabalho junto ao Ministério da Educação (MEC) para realização de ação emergencial envolvendo artistas-educadores, pois acreditamos que arte contribui para vivermos em sociedade mais justa, digna e com respeito”, pontuou.

“Então, nós investimos fortemente na Arte e Educação, mas também nessa conexão com as instituições formais, com as escolas e com as universidades. Nós estamos acreditando que essa aproximação, de maneira muito sólida, é essencial, não só tendo a sociedade civil como público das universidades, mas também como fazedores deste lugar com esses conhecimentos”, completou.

Para o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), maestro Fabrício Carvalho, o Caminhos das Águas “vem ao encontro da missão da Universidade, pois une a Educação e Cultura na formação das pessoas. “Dentro disso temos as diminuições das desigualdades, a reflexão sobre questões do meio ambiente, como uma ação plural, assim como a UFMT”, apontou.

O maestro ressaltou ainda que a UFMT ter sido escolhida pelo Minc como a universidade-mãe desse projeto é motivo de muita honra. “Visto que a partir daqui o conhecimento irradia do Centro Geodésico da América do Sul para todo país”, ressaltou, citando o caráter da extensão, que tem essa capilaridade de chegar até as pessoas e trazê-las para o conhecimento científico dual.

Do MinC, além da diretora Naine Terena, esteve presente o coordenador-geral de Orientação e Capacitação para Estados, Distrito Federal e Municípios, Binho Riani Perinotto; Aluizio Leite, secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá; Jan Moura, secretário Adjunto de Cultura na Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso; Maurício Virgulino, coordenador Educativo do projeto; Luciene Carvalho, escritora e primeira mulher negra a assumir a presidência de uma academia de letras no Brasil; o jornalista e doutor em Ciências da Comunicação, Ismar de Oliveira Soares; a professora Alicce Oliveira; pró-reitores e secretários da gestão da UFMT, e gestores municipais e estaduais da pasta de Cultura também marcaram presença no evento.

A iniciativa contou ainda com apoio da Fundação Uniselva e da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom).

Caminhos das Águas

O projeto Caminhos das Águas compõe a política de formação artística e cultural do MinC, no âmbito do programa Olhos d’Água. A parceria com a UFMT consiste na percepção de que percursos e trilhas formativas podem fortalecer saberes e fazeres não apenas com a realização de cursos, mas também com ofertas de bolsas para desenvolvimentos de projetos territoriais, além de ocupação artístico-cultural no ambiente de formação.

O projeto propõe ainda, em um dos seus eixos, a oferta de Bolsa para Fortalecimento de Olhinhos d’Água, com foco na execução e intervenções artísticas-culturais elaboradas durante o Laboratório de Elaboração de Projetos. A atividade compõe o calendário presencial da Trilha Formativa Educação dos Sentidos para fazer sentido: Arte nas escolas como Estratégia de Comunicação.

Um outro pilar da ação, apresenta a Ocupação artístico-cultural Olhos d’Água, que inclui como exemplo, apresentações da orquestra sinfônica e Coral da UFMT em escolas e em espaços abertos, democratizando o acesso à cultura para crianças, jovens e adultos, e possibilitando o acesso a uma educação integral e inclusiva de forma totalmente gratuita.

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