Drones de startup podem ajudar no combate ao mosquito causador da dengue

Empresa paulista desenvolve técnica que utiliza drones e mosquitos estéreis para combater a dengue

  • Data: 06/02/2024 11:02
  • Alterado: 06/02/2024 11:02
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: Agência FAPESP
Drones de startup podem ajudar no combate ao mosquito causador da dengue

Em oito anos de atuação, a empresa já realizou mais de 15 mil voos para a liberação de biodefensivos, em mais de 1 milhão de hectares

Crédito:Divulgação/Birdview

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Uma estratégia desenvolvida pela startup paulista Birdview pode empregar drones para ajudar na erradicação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, febre amarela e chikungunya. Os aparelhos seriam utilizados para liberar mosquitos machos estéreis em áreas urbanas com a finalidade de reduzir a população total destes insetos.

A solução sugerida pela empresa se baseia no fato de que apenas as fêmeas do Aedes aegypti picam e transmitem os vírus das doenças. Estes insetos também copulam apenas uma vez em suas vidas, portanto, especialistas afirmam que a inserção de machos estéreis em um ambiente acaba reduzindo o total de mosquitos — já que o único evento reprodutivo de cada fêmea não geraria filhotes. 

A Birdview, sediada em São Manuel, cidade do interior do estado de São Paulo, tem a expertise do uso de drones no campo. Neste contexto, a startup usa a tecnologia para liberar insetos para o controle de pragas — liberando sobre as lavouras espécies predadoras daquelas que afetam as plantações. Para adaptar seu serviço ao contexto urbano, a empresa participou de um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A solução da startup diminuiria a população de  mosquitos da dengue impedindo sua reprodução
A solução da startup diminuiria a população de mosquitos da dengue impedindo sua reprodução (Imagem: Muhammad Mahdi Karim/Wikimedia Commons)

Por meio do PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), “identificamos algumas empresas produtoras de Aedes aegypti estéreis interessadas em firmar parceria conosco para fazer a soltura do inseto em áreas urbanas”, conta Ricardo Machado, cofundador da startup, à Agência FAPESP. Para garantir o efeito desejado, a tecnologia conta com um sistema de liberação controlada, que minimiza qualquer dano que a inserção dos insetos possa causar.

A aplicação da tecnologia ainda depende do fechamento de acordos entre a startup e os criadores dos insetos estéreis. Em seu ramo de atuação convencional, a Birdview já fez mais de 15 mil voos de drones para a liberação de biodefensivos, com clientes como a São Martinho e a Suzano.

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  • Data: 06/02/2024 11:02
  • Alterado:06/02/2024 11:02
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: Agência FAPESP









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