Combate ao Aedes aegypti: Saúde de SP intensifica alertas contra chikungunya

Na Semana Estadual de Mobilização Social contra o mosquito, governo alerta para aumento de casos e de mortes

  • Data: 02/12/2023 11:12
  • Alterado: 02/12/2023 11:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Governo do Estado de SP
Combate ao Aedes aegypti: Saúde de SP intensifica alertas contra chikungunya

Crédito:Reprodução

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Entre as três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya é a que se destaca por causar dores intensas capazes, inclusive, de gerar incapacidade por um período prolongado. Em diversas situações, pacientes infectados descrevem desconfortos em todo o corpo, podendo desenvolver complicações crônicas que se assemelham às doenças reumáticas.

Nesta Semana Estadual de Mobilização Social contra o Aedes aegypti, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população a procurar assistência médica imediatamente após o aparecimento de sintomas como febre, dores no corpo ou manchas avermelhadas para prevenir possíveis complicações.

Até o dia 1º de dezembro, o estado de São Paulo registrou 2.167 casos confirmados de chikungunya, contra 893 no mesmo período de 2022, o que representa um aumento de 142%. No mesmo período, 12 pessoas morreram pela doença. No ano passado, não houve óbito.

Entre as principais formas de prevenção para eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença estão: manter ambientes livres de acúmulo de água, usar inseticidas em locais estratégicos para reduzir a população de mosquitos adultos e monitorar de forma regular áreas propensas à proliferação do mosquito.

‘Chikungunya é muito pior que dengue’
“Eu não conseguia tomar banho porque sentia dor com a água do chuveiro caindo no corpo. Também sofria para escovar os dentes, porque doía a minha mandíbula. Andava pela casa me arrastando porque as tiras do chinelo também machucavam. A dor era em todos os lugares que vocês podem imaginar, a ponto de ir ao banheiro e não conseguir levantar sozinha do vaso”, relata Débora Alves, de 63 anos.

A enfermeira, que mora na Baixada Santista, foi diagnosticada com chikungunya em janeiro de 2020, cerca de dez dias após o início do primeiro sintoma que foi febre: “No começo parecia que eu estava com gripe”, contou. Da confirmação da doença ao término das dores foram cinco meses corridos. O acompanhamento foi feito por um médico reumatologista, que iniciou um tratamento medicamentoso.

“Eu tive dengue três vezes. A chikungunya é muito pior porque os sintomas demoram a passar. A gente tem que ter cuidado porque todo mundo acha que não vai acontecer na nossa casa, mas acontece e esse tipo de doença mata”, disse Débora.

Além das dores nas articulações e febre, pacientes infectados por chikungunya podem apresentar dores de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo e fadiga. A professora Mariana Pereira, de 39 anos, que mora em Presidente Prudente, apresentou os primeiros sintomas em fevereiro de 2021, no verão, período em que aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti.

“Eu e a minha mãe tivemos juntas. Foi bem sacrificante. No início tivemos muitas dores no corpo, nas articulações, cansaço e febre, mas conforme o tempo passava as dores só aumentavam e ficava bem difícil para andar, sentar ou levantar. Nós não ficamos com nenhuma sequela porque conseguimos fazer repouso e tomamos os remédios, mas mesmo assim demoramos 4 meses para ficarmos boas”, lembrou.

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  • Data: 02/12/2023 11:12
  • Alterado:02/12/2023 11:12
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  • Fonte: Governo do Estado de SP









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