Ano Novo Judaico

Cerca de 120 mil judeus moram no Brasil e a maior parte vive na região sudeste, sobretudo, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. E a capital paulista foi escolhida para sediar referências da cultura judaica, como a Unibes Cultural, hub de cultura da instituição que há mais de 100 anos atua em prol da sociedade paulistana.

Uma das peculiaridades da cultura judaica é o calendário. Sob regência do calendário lunissolar, o Ano Novo Judaico é uma data móvel e em 2023 terá início ao pôr do sol de 15 de setembro (previsto às 18h04 do horário de Brasília) até o cair da noite do dia 17. No chamado Rosh Hashaná (em hebraico, Cabeça do Ano) celebra-se a criação do Universo e como toda celebração de um novo ano tem sua simbologia peculiar.

Toque de trombeta (shofar), oração e comida tradicional fazem parte da riqueza de significados que a data representa aos judeus de todo o mundo. Na ocasião será comemorada a chegada do ano 5784.

Dentre os alimentos, o consumo de tâmara remete à fartura enquanto a maçã servida com mel representa os votos de um ano positivo e repleto de esperança. Outra iguaria é a challah, pão doce trançado tradicional das festas judaicas que ganha o formato circular no Rosh Hashanah para simbolizar o ciclo da vida à eternidade. Já a romã é a representação dos mandamentos do povo judeu e também de fertilidade.

Mais do que celebrar mais um ano, a data é a oportunidade de arrepender-se, de recomeçar; é tempo de oração, de reflexão. Nas sinagogas, eleva-se a quantidade de vezes em que se toca o shofar, instrumento de sopro feito com chifre de carneiro e representa o animal oferecido por Abraão em sacrifício no lugar de Isaac.

O uso de roupas brancas simbolizam a pureza e a intenção de buscar uma vida reta. Outro costume de significado ímpar é a vela acesa pela chegada no novo ano. Sua chama representa a alma e também uma arma usada para vencer a escuridão.

Que o Ano Novo Judaico traga esperança e novos ventos a todos os povos! “Shanah Tovah Umetukah!” (Um ano bom e doce!)