Vendas de veículos novos caem 0,41% em agosto ante agosto de 2022, mostra Fenabrave
Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 207.717 unidades foram vendidas no mês passado, quase mil a menos do que em agosto do ano anterior (208.577)
- Data: 04/09/2023 11:09
- Alterado: 04/09/2023 11:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Carros
Crédito:Rafa Neddermeyer - Agência Brasil
As vendas de veículos novos caíram 0,41% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2022, informou nesta segunda-feira 4, a Fenabrave, associação que reúne as concessionárias. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 207.717 unidades foram vendidas no mês passado, quase mil a menos do que em agosto do ano anterior (208.577).
Na comparação com julho, quando foram emplacadas 225.597 unidades, as vendas caíram 7,93% na série sem ajuste sazonal. O recuo ocorreu após o fim do impulso gerado pelos descontos patrocinados pelo governo nos carros, que abateram de R$ 2 mil a R$ 8 mil dos preços de veículos com custo de até R$ 120 mil.
“As Medidas Provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo”, afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, no relatório de divulgação dos dados.
Segundo o executivo, o resultado de agosto só não foi pior porque algumas marcas ainda tinham oferta de veículos com descontos patrocinados. Hoje, a Fenabrave estuda alguns projetos que podem ser propostos ao governo federal com o objetivo de estimular as vendas de automóveis e comerciais leves ao consumidor de menor renda.
As vendas de veículos novos acumulam alta de 9,41% de janeiro a agosto de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.
“Mas devemos lembrar que os emplacamentos tiveram um desempenho abaixo da média histórica no primeiro semestre do ano passado, devido a uma série de fatores (escassez de peças e componentes, guerra na Europa, alta nos combustíveis), e se recuperaram no segundo semestre”, destacou Andreta Júnior.