G7 condena a produção de armas nucleares por Coreia do Norte, Irã, China e Rússia
Comunicado se posiciona contrário ao uso do equipamento nuclear feito pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, e pede que o país não realize testes nucleares
- Data: 19/05/2023 17:05
- Alterado: 19/05/2023 17:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o primeiro-ministro da Austrália
Crédito:Foto: Ricardo Stuckert/PR
Líderes do Grupo dos 7 condenam veementemente a produção de armas nucleares pela China, Rússia, Coreia do Norte e Irã, em comunicado publicado nesta sexta-feira, 19. “A construção acelerada da China de seu arsenal nuclear sem transparência e diálogo representa uma preocupação para a estabilidade global”, afirmaram os representantes do G7, que participam de uma reunião de cúpula em Hiroshima, no Japão.
O comunicado se posiciona contrário ao uso do equipamento nuclear feito pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, e pede que o país não realize testes nucleares e tampouco utilize seu arsenal para ameaçar e persuadir a nação rival.
O grupo pondera que os países devem fornecer relatórios nacionais e respeitar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (NPT, na sigla em inglês), que entrou em vigor em 1970 e defende o uso de armas como estratégia exclusivamente de defesa.
O G7 considera fundamental a aprovação do Tratado de Proibição Abrangente de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), e destaca que qualquer teste com bombas nucleares não será apoiado pelos países integrantes.
As ameaças de testes nucleares na Coreia do Norte não serão aceitas, afirma o grupo, que é enfático quanto à manipulação de material radioativo pelo país: “A Coreia do Norte não pode e nunca terá o status de um Estado com armas nucleares sob o TNP”. O mesmo posicionamento se repete sobre o programa nuclear do Irã que o grupo avalia estar se desenvolvendo aceleradamente.
A nota manifesta interesse no uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos de ciência e tecnologia, e clama para que países adotem o desarmamento nuclear. “Instamos todos os Estados a levarem a sério suas responsabilidades para atender aos mais altos padrões de proteção e segurança”, afirma.