Evandro e Bruno Schmidt levam medalha de bronze no Major Series de Gstaad
A dupla superou na decisão do terceiro lugar os atuais vice-campeões olímpicos, os italianos Nicolai e Lupo, por 2 sets a 1
- Data: 14/07/2019 09:07
- Alterado: 15/08/2023 11:08
- Autor: Redação
- Fonte: CBV
Crédito:Divulgação/FIVB
A dupla brasileira formada por Evandro e Bruno Schmidt (RJ/DF) subiu ao pódio do Major Series de Gstaad (Suíça), etapa cinco estrelas do Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Eles ficaram com a medalha de bronze ao superarem os italianos Nicolai e Lupo neste sábado (13.07), com uma virada por 2 sets a 1 (16/21, 21/17, 15/12), em 50 minutos, na arena central. O resultado mantém o time na liderança da corrida olímpica brasileira.
O resultado foi conquistado na base da superação, já que o time brasileiro começou cedendo pontos em erros e os italianos abriram larga vantagem no primeiro set. Os bons saques de Evandro e Bruno Schmidt colocaram pressão nos italianos, vice-campeões olímpicos, que chegaram a estar na frente por dois pontos no tie-break. Bruno analisou a vitória.
“Foi um esforço enorme para virarmos o jogo. Não começamos da maneira que gostaríamos e isso nos frustrou bastante, principalmente porque perdemos o primeiro set por nossos próprios erros. E os italianos são muito fortes, Nicolai é um dos melhores do mundo na minha opinião”, destacou Bruno, maior pontuador do duelo com 23 acertos.
“É um jogo em que não se pode errar, felizmente tivemos a capacidade de corrigir o rumo durante a partida. Os torcedores foram incríveis, nos motivaram a seguir lutando pelo bronze depois de termos perdido a semifinal. Devemos essa medalha a eles”, completou.
O resultado rende mais 720 pontos para Evandro e Bruno Schmidt na corrida olímpica brasileira. Eles lideram com 4.160 pontos somados, com boa vantagem sobre Alison/Álvaro Filho, que aparecem em segundo, com 3.030 pontos (veja a lista completa abaixo). Além disso, eles somam 960 pontos no ranking do Circuito Mundial e recebem um prêmio de cerca de R$ 65 mil pela terceira colocação no Major de Gstaad.
Esta é a terceira medalha de Evandro e Bruno Schmidt no Circuito Mundial 2019. Eles já tinham conquistado um ouro na etapa quatro estrelas de Varsóvia (Polônia), em junho, e uma prata na etapa quatro estrelas de Jinjiang (China), em abril.
O título do Major Series de Gstaad ficou com os noruegueses Mol e Sorum, que superaram na decisão os holandeses Brouwer e Meeuwsen por 2 sets a 0 (21/17, 21/15). Os noruegueses haviam vencido Evandro e Bruno Schmidt na semifinal, horas antes da disputa de bronze, também no sábado, por 2 sets a 0 (21/18, 21/14), em 40 minutos.
Outros três times do país disputaram a fase principal em Gstaad. Guto e Saymon (RJ/MS) terminaram na quinta posição, Alison/Álvaro Filho (ES/PB) ficou na nona colocação e André Stein/George (ES/PB) ficou na 17ª posição (repescagem). O próximo desafio das duplas brasileiras no Circuito Mundial acontece já na próxima semana, a partir de terça-feira (16.07), com a etapa quatro estrelas de Espinho, em Portugal.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.