Faltam 5,9 milhões de enfermeiros no mundo, alerta OMS
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado hoje, 7, mostra que faltam 5,9 milhões de enfermeiros no mundo. As regiões mais afetadas são a África e o Sudeste Asiático
- Data: 07/04/2020 15:04
- Alterado: 07/04/2020 15:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
"Como os trabalhadores da saúde estão na linha de frente da luta contra a covid-19
Crédito:Reprodução
Diante desse cenário, a instituição destacou a necessidade urgente de elevar o número de profissionais da saúde em todos os continentes, melhorar suas condições de trabalho e valorizá-los. Os dados constam do relatório “Situação da Enfermagem no Mundo – 2020”, produzido pela OMS.
O documento foi anunciado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma “live” publicada nesta terça nas redes sociais da entidade. Para comemorar o Dia Mundial da Saúde e também o aniversário de fundação da OMS, foram convidados enfermeiros e obstetrizes de diferentes regiões do planeta para darem seus depoimentos.
“Os profissionais de enfermagem são a coluna vertebral de qualquer sistema de saúde. Este relatório é uma clara lembrança do papel insubstituível que desempenham e é uma chamada de atenção para assegurar que esses profissionais recebam o apoio que necessitam para garantir a saúde do mundo”.
Segundo a OMS, mais de três mil enfermeiros já foram infectados com o novo coronavírus. “Como os trabalhadores da saúde estão na linha de frente da luta contra a covid-19, eles também estão entre os que estão mais em risco”.
De acordo com a OMS, os enfermeiros representam mais da metade dos profissionais de saúde em atuação. Há 28 milhões desses profissionais, que ficam na linha de frente na luta contra pandemias e epidemias que ameaçam a saúde global. A OMS reforça que é preciso aprimorar a formação desses profissionais e também capacitá-los para cargos de lideranças.
“Estamos pedindo aos países com escassez de enfermeiros que aumentem em 8% o número de enfermeiros formados a cada ano e que implementem medidas para melhorar o emprego e a retenção de enfermeiros no sistema de saúde”, afirmou Tedros.
O relatório revela ainda que 8 em cada 10 enfermeiros estão em nações que representam metade da população mundial. Portanto, os outros 50% da humanidade têm apenas 20% de profissionais de enfermagem. A OMS destacou ainda que está comprometida em trabalhar para que os países forneçam o treinamento necessário, o reconhecimento que eles merecem e melhores condições de trabalho e salários.
“A mensagem é inequívoca: os governos têm de investir em uma aceleração da formação pessoal dos enfermeiros, na criação de empregos no setor e em lideranças. Sem os enfermeiros, obstetrizes e outros profissionais da saúde, os países não podem ganhar a batalha contra as epidemias e nem alcançar a cobertura universal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas”.